Inverno: Migração e Renovação

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Quem já ouviu falar em solstício e equinócio sabe que esses dois fenômenos da astronomia definem as quatro estações do ano. Eles são regidos pelas posições do movimento aparente do Sol e pela forma como seus raios atingem a Terra. A inclinação do eixo de rotação da Terra, somado ao movimento de translação (da Terra girando em torno do Sol), interfere nessa quantidade e maneiras diferentes dos raios solares atingirem a superfície terrestre.

O solstício de verão acontece quando o hemisfério norte mais se aproxima da luz solar. Em contra partida, o hemisfério sul fica menos exposto e recebe menos luz, e esse fenômeno se chama solstício de inverno. No caso do equinócio, o fenômeno é caracterizado por manter igual distancia entre cada um dos hemisférios e o sol. Assim, os dias são absolutamente iguais, em termos de luminosidade.

Nesta quarta (21), início oficial do inverno, acontece o Solstício de Inverno, fenômeno que mereceu até programação especial (confira aqui) da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ). Essa estação se encerra com outro fenômeno, o equinócio, agendado este ano para 22 de setembro. É quando as distâncias dos dois hemisférios em relação ao sol são iguais e, consequentemente, não há diferença entre os dois hemisférios para a duração do dia.

É no inverno que boa parte das aves que nos visitaram no verão, após fugir do frio, faz o movimento inverso, de volta pra casa. Suas gônadas (glândulas sexuais) se desenvolvem acentuadamente e funcionam como um alerta: é hora de voltar para casa, porque chegou o tempo de reprodução. Essa revoada do retorno é um movimento peculiar de sobrevivência da espécie. Até as árvores, seus refúgios naturais, perdem as folhas, prenunciando a proximidade de renovação da primavera.