Secretarias Municipais de Serviços, Cultura e Direitos Humanos lançam novo edital Redes e Ruas

Evento acontece no dia 17 de março, na Praça das Artes, e contará também com lançamento de livro sobre a primeira edição do programa

Acontece no dia 17 de março, a partir das 19 horas, na Praça das Artes, o lançamento do livro “Redes e Ruas”, que traz relatos das atividades e intervenções urbanas de 58 iniciativas coletivas e individuais que se espalharam por toda a cidade de São Paulo no ano de 2015 e foram financiadas pela primeira edição do então novo edital, realizado por meio de uma parceria entre as Secretarias Municipais Serviços, de Cultura e de Direitos Humanos e Cidadania. Também neste dia, haverá o lançamento do 2º Edital Redes e Ruas.

Os eventos, atividades de formação e projetos culturais foram realizados em Telecentros, Pontos de Cultura e em praças digitais conectadas pelo Programa WIFI Livre SP. Criado com a intenção de fortalecer o direito à cidade, a inclusão digital, a cidadania e a ocupação do espaço público pela cultura, o edital contemplou diversas linguagens – audiovisual, fotografia, educomunicação, hackerativismo, música, fotografia, artes cênicas, jornalismo, agroecologia, entre outras.

As iniciativas apoiadas alcançaram milhares de pessoas e as formações técnicas e culturais transformaram a vida de outros milhares de cidadãos. Entre os destaques, estão projetos de resgate do patrimônio histórico da Penha, um acervo de vídeos sobre a arte de imigrantes em São Paulo; a formação de comunicadores populares; a criação de um acervo virtual de dança; a apropriação de ferramentas multimídia para práticas cênicas e circences; e outros tantos que abordam conexões entre música e literatura, audiovisuais e tecnologia, cultura e ativismo social.


O lançamento contará com a presença dos secretários municipais Simão Pedro (Serviços), Nabil Bonduki (Cultura), Eduardo Suplicy (Direitos Humanos e Cidadania), além dos coletivos e artistas, educadores e midialivristas, ciberativistas e pesquisadores que participaram do edital Redes e Ruas.

O LIVRO
Organizado e redigido pelas organizações Sampa.Org e Coletivo Digital, a publicação registra a 1ª edição deste Programa que se voltou para a ocupação do espaço público com atividades culturais, em parceria com 58 associações. Além de colher depoimentos das experiências de cada grupo, revelando as transformações incomensuráveis na vida e no cotidiano das pessoas envolvidas pelas atividades, a publicação apresenta, em números, o impacto do Redes e Ruas para a cidade de São Paulo. O livro ainda traz, entre outros conteúdos, a palavra do Prefeito e dos secretários municipais que cooperaram para a realização do Programa.


2º EDITAL REDES E RUAS

O novo edital foi concebido a partir da avaliação do edital experimental de 2015. Para este ano, serão selecionados 47 projetos de pessoas físicas e jurídicas, nas áreas de Cultura Digital, Inclusão e Cidadania, em quatro categorias: Robótica Livre; Desenvolvimento em software livre e internet das coisas; Midialivrismo, Formação em Rede e Intervenção digital. Assim como outros editais municipais, as propostas para o 2º Edital Redes e Ruas também serão recebidas exclusivamente pela internet, por meio da plataforma SPCultura.


O edital Redes e Ruas foi criado com o objetivo de fortalecer ações de cultura digital na cidade a partir da indução de processos estético-criativos, econômicos e de promoção da cidadania, apoiando-se em outros projetos e ações em andamento na cidade e que se relacionam com esta iniciativa, entre eles, a rede municipal de Pontos de Cultura, o programa Ruas Abertas, o projeto Centro Aberto, as praças digitais do Programa WiFi Livre SP, telecentros e os laboratórios de fabricação digital do programa FabLab Livre SP.


Os interessados podem apresentar propostas de continuidade de ações já existentes ou novas iniciativas, com foco no aprimoramento de processos criativos, estéticos, de promoção da cidadania, da inclusão e da cultura digital, por meio da ocupação de espaços públicos e do uso de tecnologia digital e da internet. Os projetos deverão compreender, entre o conjunto de atividades, ações a serem desenvolvidas em Telecentros, Praças do Programa WiFi Livre SP, dos Laboratórios de Fabricação Digital do programa Fab Lab Livre SP ou em parceria com a rede de Pontões e Pontos de Cultura da cidade de São Paulo.


Serviço:
Livro Redes e Ruas – Inclusão, Cidadania e Cultura Digital e novo edital do programa
Concepção e realização: Secretarias Municipais de Cultura, de Direitos Humanos e Cidadania e de Serviços.
Organização e produção: Coletivo Digital e Sampa.Org
Local: Praça das Artes – Avenida São João, 281 – Centro.
Data: 17 de março de 2016 | Horário: 19h00


REPERCUSSÃO
“Vimos praças que são quase parques ou museus em bairros periféricos. São oportunidades para pessoas passarem seus sábados e domingos. Nos Pontos de Cultura conhecemos pessoas com histórico de longa resistência cultural”. (Luara, Pombas Urbanas)


“A experiência do Redes e Ruas foi construída por muitas mãos. Assim, é expressão de outra característica marcante da atual gestão: a integração entre diferentes secretarias municipais, entidades e coletivos nascidos do ativismo sociai”. (Nabil Bonduki, secretário municipal de Cultura)


“Provocamos encontros entre pessoas que talvez nunca se encontrassem”. (Isabela Valente, Centro de Convivência É de Lei)


“... podemos dizer que a cidade ganhou novas imagens de si mesma, resgatando expressões daqueles que não têm voz, mostrando visões da realidade que não encontram espaço nas mídias, despertando cidadãos a usufruírem dos espaços públicos da cidade”. (Maurício Falavigna, Sampa.Org)


“O que a gente faz não é resultado, é processo. O momento que a gente está vivendo... se a gente continuar, vai haver grandes resultados”. (Aluízio Marino, São Mateus em Movimento)


“Ações como o Redes e Ruas fortalecem a participação da sociedade civil na construção de uma cidade mais democrática, mais colorida, com menos medo e mais solidariedade. Uma cidade de encontro, das redes,, dos direitos humanos, da cidadania”. (Eduardo Suplicy, secretário de Direitos Humanos e Cidadania)


“Só dizer para as pessoas que elas têm que ser mais solidárias e ser mais colaborativas não adianta, você tem que criar condições para que isso se realize”. (Adriana Patrício, Instituto Pedro Macambira)


“Tivemos a ocupação do espaço público por artistas e produtores culturais como forma de ampliar o compromissodos cidadãos com sua comunidade. Construímos os caminhos múltiplos entre o ciberespaço, praças e ruas”. (Simão Pedro Chiovetti, secretário municipal de Serviços)


“Em tempos em que as ruas e as redes, cada vez mais, são um território único em disputa cotidiana, foi um sopro de liberdade que todos os coletivos envolvidos fizeram circular por São Paulo”. (Beá Tibiriçá, Coletivo Digital)