Ginástica Artística: Irmãs gêmeas, Thaúane e Thaína roubam a cena nas competições

 A Série Pratas da Casa desta semana está um pouco diferente. Em vez de selecionarmos um atleta destaque para a série de perfis, escolhemos duas ginastas que prometem bons resultados. Thaúane Rodrigues e Thaína Rodrigues têm 10 anos, são as gêmeas idênticas e vêm "monopolizando" o pódio das competições.

As ginastas treinam há quatro anos no Centro Olímpico e juntas já chegam a quase cinquenta medalhas conquistadas. “Eu sempre gostei de Ginástica Artística e quando fiz o teste, comecei a gostar mais ainda”, afirma Thaúane. Parece ser fácil entrar no tablado depois de muitas medalhas, mas a ginasta afirma que o nervosismo ainda é bem forte. “Fico muito nervosa antes de subir no aparelho, mas depois que sobe a tremedeira passa”. A única coisa que as gêmeas discordam é na competição mais marcante. Thaúane elegeu uma competição disputada em Bragança Paulista como a mais especial. “Fiquei em primeiro lugar na paralela, segundo no salto e terceiro na trave. Pensei que não ia ganhar nada. Quando chamaram o meu nome eu não acreditei”, relembra. Para Thaína, outra competição em Goiânia foi mais marcante, porque as duas conquistaram primeiro lugar em todos os aparelhos.

Segundo a avaliação das gêmeas, apesar dos bons resultados nos aparelhos, ainda sentem necessidade de melhorar a performance nas apresentações de solo. Mas até chegarem a um consenso demorou. “Não adianta. Vocês vão muito bem em todos os aparelhos”, intrometia-se uma colega de aula.

Animadas como a maioria das crianças de sua idade, as gêmeas não param de ‘treinar’ nem em casa “Fico pulando em casa”, relata Thaína. “Se deixar elas ficam fazendo estrelinha, dando mortais” explica a mãe, Zélia Rodrigues. Aos finais de semana as gêmeas também encontram tempo para participar de aulas de dança, “Elas não param nunca” brinca a mãe. Thaúane conta que usa os seus conhecimentos para ajudar ar colegas nas aulas de dança. “Eu ensino a ficar na ponta do pé e outras coisas que elas têm dificuldades”, revela a pequena ginasta. Mas as aulas não param por aí, em casa as gêmeas também ensinam o sobrinho que tem apenas dois anos. “Ele já consegue fazer ‘borboleta’ e a posição do ‘sapinho’”, ri Thaína. As ginastas estudam na mesma escola, tem os mesmos amigos e são bem unidas. Quando ficam um pouco longe uma da outra já começam a sentir saudades. As gêmeas contam que não se importam em serem confundidas e até gostam de brincar com isso. E as quatro horas que elas passam no Centro Olímpico todos os dias não impedem que a professora também as confunda. Thaína acha engraçado e se diverte com a situação. “Eu falo: Professora não sou eu não! Essa é a Thaúane”, explica Thaína, rindo ao lembrar da situação.

Com os bons resultados, as irmãs pensam em ir longe. “Quero ir para as Olimpíadas”, sonha Thaína, confiante. A irmã, mais nova por 35 minutos de diferença, conta que acompanhou todas as apresentações das Olimpíadas de Londres. Para continuar lutando pelo sonho, Thaúane e Thaína apoiam uma à outra. “Quando eu não consigo fazer um movimento, a minha irmã vem e me ajuda”, afirma Thaúane. As irmãs não se veem como rivais. Thaúane diz que se sente aliviada quando vê que as duas conseguiram subir ao pódio. Apoiando-se mutuamente, as duas ginastas vêm crescendo e conquistando seus sonhos.

A mãe dá todo o apoio e acompanha as atletas até o Centro Olímpico nos dias de treino, mas conta que não gosta muito de elogiar. “Eu prefiro que elas desenvolvam o senso de autocrítica, assim elas saberão o que elas fizeram certo ou não. Porque para mim é sempre tudo lindo”. Ela também acredita que a ginástica Olímpica foi de extrema importância para educar as duas filhas mais novas. “Como elas entraram com seis anos ficou fácil, o esporte as deixou mais disciplinadas e responsáveis. Eu e a ginástica olímpica trabalhamos em conjunto para que elas sejam quem elas são hoje”. Zélia apresentou Thaúane e Thaína à Ginástica Olímpica para elas criarem “uma certa independência”. As gêmeras eram muito “próximas e apegadas” à mãe e iniciar uma atividade esportiva poderia trazer a independência às garotas. As primeiras esportistas da família também trouxeram a inspiração para o irmão. “Meu filho não gostava de esporte, mas agora ele entrou na academia e até brinca de disputar com as meninas para ver quem tem o físico mais definido”, brinca.

Texto:
Renata Simond – rsimond@prefeitura.sp.gov.br
Foto:
Paulo Gervino – pantar@prefeitura.sp.gov.br

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