Centro Esportivo Joerg Bruder é palco da Seleção Brasileira de Boxe

Os pugilistas estão focados e confiantes para as Olimpíadas do Rio de Janeiro

 Os atletas da Seleção Brasileira de boxe se preparam com treinos intensos para as Olimpíadas do Rio de Janeiro que acontece em agosto. Os treinamentos duram em torno de 4/5 horas por dia e são realizados no Centro Esportivo Joerg Bruder, em Santo Amaro. Geralmente, a parte física é intensificada pela manhã e a parte técnica e tática no período da tarde.

Uma das atletas que estará nas Olimpíadas deste ano é Adriana Araújo, campeã mundial da categoria peso-leve que se classificou para disputar os Jogos pela segunda vez. Em Londres (2012), ela subiu no pódio e levou a medalha de Bronze. A maior motivação de Adriana é se superar para alcançar grandes metas na modalidade. “Para mim, é maravilhoso poder disputar as Olimpíadas dentro de casa. Tive a felicidade de carregar a Tocha Olímpica, então já estou vivenciando este momento há algum tempo”, disse. 

Já o carioca Patrick Lourenzo, de 22 anos, tem uma vida corrida entre São Paulo e a sua cidade natal. O pugilista iniciou na Seleção Brasileira de Boxe aos 17 anos e pela primeira vez foi convocado a participar dos Jogos Olímpicos. Segundo ele, o início de sua carreira foi difícil por ainda não ter patrocínio, mas hoje conseguiu seu espaço na modalidade. “O mais difícil de treinar em outra cidade é ficar longe da família”, falou Patrick.


Alguns atletas ainda buscam por uma vaga nas Olimpíadas, no mundial que será em Baku, capital do Azerbaijão, na segunda semana de junho. Um deles é o carioca Roberto Custódia, da categoria peso meio-médio.

O sorridente Roberto tem 28 anos, começou a praticar boxe aos 14 anos e em 2008 foi convocado para a Seleção Brasileira. Ele chegou a praticar capoeira por dois anos e decidiu investir no pugilismo para aprender a se defender. Roberto está focado para o mundial pré-olímpico. Ao terminar o treino da tarde, sozinho, continuou a fazer exercícios de força e agilidade.

Para o boxeador, o Rio de Janeiro não tem tradição no esporte e é mais difícil para conseguir se destacar. Um pugilista que o inspira é o baiano Everton Lopes, que o incentivou e deu conselhos para que ele crescesse no boxe. “As dificuldades são diárias, mas o importante é tentar me superar sempre”, disse Roberto.

O treinador da seleção, Claudio Aires, é responsável pelos pugilistas brasileiros desde 2008. Ele foi atleta por 12 anos e chegou a conquistar uma medalha de bronze no Pan do Canadá. Otimista, o técnico disse que a equipe do Brasil está preparada. “Vamos sem a medalha e queremos voltar medalhistas”, completou Claudio.

 

Texto: Lílian Pacheco e Daniel Alves - loroso@prefeitura.sp.gov.br
Foto: Daniel Alves - dalves@prefeitura.sp.gov.br