Ex-aluno do Centro Olímpico é bronze no Pan de Toronto

O atleta derrotou, na categoria até 98kg, o colombiano Oscar Loango

 

Davi Albino é literalmente um lutador. Da infância pobre no bairro do Capão Redondo, zona sul da capital paulista, ao ápice da luta olímpica, foram muitos combates. E assim como no esporte, o atleta venceu as grandes batalhas da vida.

“Se você tem um sonho, com trabalho e perseverança, você consegue”, diz o medalhista pan americano. A história desse campeão é marcada pela perseverança de uma pessoa, o professor Joanilson: “A insistência dele foi fundamental”, completa Albino. O atleta foi, durante boa parte de sua vida, guardador de carros na região de Moema, onde Joanílson Rodrigues era professor de judô. Ele deixava o carro para que Davi cuidasse, e sempre o convidava para treinar. Entre as idas e vindas no esporte, (Davi frequentou o COTP desde os oito anos de idade e já praticou diversas modalidades), a paciência e persistência do professor fizeram toda a diferença.

Albino foi o primeiro atleta brasileiro a aparecer no ranking mundial de luta olímpica. Hoje ocupa o 13º lugar (mas, deve subir depois da medalha conquistada em Toronto). “Uma coisa é você chegar no topo, outra coisa é você se manter lá em cima. Todo dia você tem que treinar mais, se dedicar mais. Porque vai ter muita gente querendo te tirar de onde você conseguiu chegar. Eu já me mantenho como titular da seleção há 12 anos, há quase 10 anos não perco uma luta no Brasil”, completa o esportista.

Aos 29 anos, o atleta de 1,91 e 100kg, tem um grande desafio pela frente: “Ainda falta a medalha olímpica, que é a maior realização de um atleta. Quero ser medalhista olímpico”, diz Davi. Ele compete na categoria greco-romana e explica: “O termo luta olímpica é para popularizar o esporte. São dois os estilos, greco-romana e estilo livre. No greco-romano, você não pode atacar e nem defender nas pernas, é mais bonito por causa das grandes projeções nos campeonatos. No estilo livre, você pode atacar e defender com as pernas.”

Antes das Olimpíadas, o lutador tem mais dois grandes desafios: As Olimpíadas Militares e Mundial na Coréia. Independente dos resultados, as conquistas de Davi valem mais que qualquer medalha.

Para saber mais sobre o esporte, veja AQUI a matéria que fizemos sobre a luta olímpica.
 

Texto e foto: Stephanie Frasson – sbffranco@prefeitura.sp.gov.br
Colaboração: Guilherme Guidetti - gguidetti@prefeitura.sp.gov.br


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