Virada Esportiva movimenta o Centro Esportivo Vila Guarani

Diversos jogos de todos os gêneros aconteceram neste final de semana, (21 e 22/09), desde jogos para crianças até atividades para a terceira idade, desde jogos desconhecidos à jogos populares. Esta foi a sétima edição da Virada Esportiva. Alguns participantes ali presentes opinaram sobre o evento:

Paula Gabriela, 16 anos: "Eu, particularmente, gosto da Virada, é um evento que nos dá a oportunidade de ter de um final de semana especial, eu diria que nos convoca viver a vida de forma relaxada, tira o estresse da semana. Agora que estou em semana de provas, vou relaxar curtindo ao menos o final de semana. O mesmo serve para os trabalhadores que sofrem no dia a dia, com o estresse do transporte público. Eu aprovo essa Virada, o tempo colaborou e acredito que deveria haver mais eventos como este".

Conversamos também com a senhora Maria de Lourdes, de 75 anos, que já acompanha o evento esportivo há mais de 3 edições e não dispensou elogios. Disse que a organização do evento está de parabéns, e o que mais chamou a atenção dela foi a preocupação dos professores para com os mais idosos,  “Olha meu filho eu tenho mais idade, mas nada me impede de vir aqui dançar e me divertir, trabalhei muito, hoje sou aposentada e só quero curtir, adoro os professores, eles são gente boa”, brincou dona Maria.

Manuel, contramestre de capoeira da Associação Desportiva e Cultural Grupo Cativeiro Capoeira, desde 1978, junto ao professor de capoeira Marco Antonio, fizeram questão de ressaltar que o que mais chama atenção deles é a união: “Eu acredito que o que de fato chama minha atenção é a união, desde o canto à dança. Enquanto um jogador de capoeira tem o dom de cantar bem, o outro pode jogar melhor e vice-versa, nada de um, que tem a voz ou o gingado melhor, ser superior ao outro, aqui todos somos unidos".

Para ambos não importa o tamanho, o sexo, a religião, o necessário para ser um capoeirista é a determinação, o compromisso e gostar do que faz, o mesmo serve para o professor, "o amor é imprescindível". O mestre ainda brinca sobre a idade para praticar a capoeira: “A faixa etária é desde os cinco anos até os 100 anos, após os 100 anos só com autorização dos pais”.

Questionados sobre ações e incentivos governamentais, os professores falaram que faltam muito incentivos governamentais, pois a capoeira passou por um processo de muita briga para que a lei 10639/2003 (obrigatoriedade do ensino da história e cultura Afro-Brasileira) fosse implementada, lei esta que Manuel aponta como sua maior dificuldade durante esses anos que o faz mestre.

Edilson, pai de um capoeirista, disse que a capoeira ajuda muito na disciplina do seu filho, em qualquer lugar que esteja e que se precisasse viajaria para o interior, outro estado ou até exterior para acompanhar seu filho praticar o esporte.
No fim da virada, alguns participantes destacaram a organização do evento, elogiando-os. “Nós ficamos bastante a vontade, acredito que não faltou nada, tinha de tudo, desde esportes radicais a esportes de raciocínio. Todos estamos muito satisfeitos", contou Rodrigo Silva.


Texto e Fotos
: Rubens Rodrigues