Multicampeões

Títulos no jiu-jitsu não faltam na Cohab II, em Itaquera. Dois atletas que contribuem para essa estatística são Ewelyn Arruda e Paulinho Baraúna. Juntos, os dois somam mais de 40 títulos na modalidade.

“Eu estava em um lugar e um rapaz pegou uma pessoa e fez um golpe. Chamei-o e perguntei de onde vinha aquele golpe. Ele me falou que era do jiu-jitsu. Desde então, comecei a procurar uma academia para treinar. Foi difícil porque antes não havia muito reconhecimento para a modalidade. Depois comecei a treinar com o Mestre Dan”, conta Ewelyn, que começou a treinar no José Bonifácio apenas aos 17 anos.

Segundo Ewelyn, o principal benefício trazido pela arte marcial foi a paciência: “eu era muito estressada antes, hoje em dia sou muito mais calma.” Há quatro anos, a lutadora também passou a ministrar aulas no projeto: “quando eu comecei dar aulas para crianças, foi bem diferente. A criança é extremamente verdadeira. Do tempo que eu comecei dar aulas aqui, muitas crianças melhoraram bastante. Sinto-me muito feliz ao ver o entusiasmo das crianças competindo”, menciona Ewelyn.

Um esporte que se transformou em uma verdadeira filosofia de vida. Essa é a definição do Jiu-Jitsu para Paulo José Pinto, o Paulinho. Tetracampeão mundial na modalidade, o atleta foi uma das pessoas que teve a vida transformada pela modalidade. “Eu era um menino bem rebelde. O esporte pode te tirar de uma situação complicada e te colocar em um palácio. Foi o que aconteceu comigo. Além de ser um esporte, o Jiu-Jitsu é uma filosofia de vida. Não tem como um atleta ter uma noite de sono ruim, beber ou envolver com alguma coisa errada. Você tem que se privar de muitas coisas para crescer no esporte. Eu tive que me privar de muita coisa para chegar onde estou hoje”, ressalta Paulinho, que teve o auxílio da arte marcial para superar a separação dos pais e outros problemas familiares.

Atualmente, Paulinho também dá aulas no José Bonifácio. Como conselho para lutadores e futuros alunos, o atleta afirma: “o jiu-jitsu é uma filosofia de vida: você precisa estar junto, conhecer o pessoal, interagir. Você acaba encontrando não só colegas de treino, mas sim uma família. O que você cria dentro do tatame é algo que você vai levar para o resto da vida”, conclui.

O centro esportivo municipal também guarda outras histórias vitoriosas. Dimitrius Souza, por exemplo, já pratica jiu-jitsu há 13 anos e foi beneficiado pelo esporte. “Tinha 11 ou 12 anos e era bem gordinho. No decorrer dos treinos, a bronquite e a asma começaram a melhorar. Continuei sem pretensão nenhuma. Aos poucos, as coisas foram acontecendo”, relembra Souza, que é campeão brasileiro e europeu na modalidade. Já Guilherme Santos começou a lutar como forma de autodefesa. Dez anos depois, ele se declara um completo apaixonado pela arte marcial. “O projeto “Nascidos para Vencer” tem grande importância. Como nós fazemos parte, conhecemos várias pessoas que estavam em um caminho errado e acabaram melhorando depois do esporte. Nós queremos formar, acima de tudo, boas pessoas”.

Clique aqui e conheça a história do jiu-jitsu

Texto:

Juliana Salles - jsalles@prefeitura.sp.gov.br

Fotos:

Paulo Dias - psdias@prefeitura.sp.gov.br

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