Ação Inscrever inaugura projeto de Direitos Humanos na Estação Luz do Metrô

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, com o apoio da Comissão Municipal de Direitos Humanos, inaugura a primeira parte da Ação Inscrever Estação Luz do Metrô, exposição da artista plástica francesa Françoise Shein, com as brasileiras Tatiana Amaral e Laura Taves.

Arte, educação, democracia e respeito ao próximo. São esses os valores por trás da 91ª obra de arte do Metrô-SP, inaugurada nesta quarta-feira [24/11], na Estação Luz. Batizado de "Inscrever os Direitos Humanos na Estação Luz do Metrô", o painel assinado pela artista plástica franco-belga, Françoise Schein, é o resultado de um projeto criado de forma colaborativa por artistas, ONGs e estudantes do Ensino Fundamental da rede pública.

 

O primeiro painel concluído tem 22 metros quadrados, cobertos com 1.600 azulejos na cor branca. Ali, foram inscritos os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948. Com base nela, os estudantes montaram uma espécie de "mapa", onde expressaram suas idéias, por meio de desenhos livres. Uma parte é dedicada a ilustrações e poemas que contam a história da cidade de São Paulo.

A obra também traz "palavras-chaves" como o nome da Estação Luz, dignidade, liberdade, solidariedade, cidadania, justiça, entre outras, contidas na Declaração. Ao todo, o projeto prevê a ocupação de 700 m2 do mezanino da Estação Luz, onde deverão ser aplicados 35 mil azulejos, sobre os quais serão inscritos os principais valores dos direitos humanos e a evolução da cidade.

Segundo Françoise Schein, a obra é uma oportunidade de levar educação, democracia e arte à população. "O Metrô é um museu público. Trabalhar com jovens das escolas, ensiná-los sobre os direitos humanos e inscrevê-los nesse espaço significa concretizar uma utopia, um sonho", disse a artista, que já realizou trabalhos semelhantes nos metrôs de Paris, Bruxelas, Lisboa, Estocolmo, Haifa, Berlim e Rio de Janeiro.

Jovens protagonistas
Os estudantes da EMEF Profª Isabel Vieira Ferreira, de Santo Amaro, que participaram da primeira fase do projeto, ficaram entusiasmados ao verem seus desenhos estampados no painel. Jessé Aryel da Silva, 14 anos, aluno da 8ª série, era um deles. "Desenhei sobre o artigo 27, que fala do direito ao lazer e à cultura. Foi emocionante. O que ficou de lição para mim é que devemos respeitar o próximo, independente da raça".

Outra aluna, Bianca dos Santos, 14 anos, deixou sua marca com uma figura que representa o artigo 22, que trata da igualdade social. "Aprendi que todas as pessoas devem ter o mesmo tratamento e que ninguém é perfeito".

Além de Françoise, participam da coordenação do trabalho Maria Helena Dalla Bonna [ONG Danyann: Aprender e evoluir], a artista plástica Tatiana Amaral [diretora artística] e a arquiteta Laura Taves [Atelier Azulejaria], que realiza trabalhos artísticos e de inclusão social com comunidades carentes no Rio de Janeiro.

 

Fonte: Metrô