Escolas municipais são premiadas por projetos de Educação em Direitos Humanos

Cerimônia de premiação foi realizada em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos

Em sua terceira edição, o Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos busca mapear e valorizar projetos de afirmação da cultura de direitos humanos desenvolvidos por estudantes, professores/as e unidades escolares da Rede Municipal de Ensino. Foram 171 inscrições ao todo, para quatro categorias: unidades escolares, professores, estudantes e grêmios estudantis.

Segundo o coordenador de Educação em Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Bittar, desde sua criação, o Prêmio triplicou o número de projetos e “vem aumentando gradativamente a qualidade das iniciativas desenvolvidas pelas escolas municipais”. Este ano, como em 2014, todas as Diretorias Regionais de Educação tiveram projetos inscritos.

Os vencedores recebem uma premiação em dinheiro, que varia entre mil e quinhentos e sete mil reais, além de livros e certificado. A cerimônia de entrega do Prêmio aconteceu nesta quinta-feira, dia 10, no Auditório Ibirapuera, com a presença do prefeito Fernando Haddad e do secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy. A programação faz parte do 3º Festival de Direitos Humanos – Cidadania Nas Ruas.

Ao todo foram doze projetos premiados e quatro menções honrosas. O primeiro colocado na categoria Unidades Educacionais foi o projeto “Direitos Humanos se Aprende na Escola”, da EMEF Pe. Leonel Franca, da DRE Pirituba, que incluiu o tema Direitos Humanos como eixo do Projeto Político Pedagógico da escola, adotando materiais de referência e promovendo este debate junto à comunidade.

“O protagonismo desses projetos revela uma juventude que pensa, uma juventude que busca e a rede municipal tem mostrado isso. Desde o início do ano, fomos a todas as regiões dialogar. E nas 13 regionais, quando chega a hora da fala dos alunos, nunca há uma reivindicação individual. Ela sempre coletiva, pensando no bem de todos e do outro”, afirmou Emília Cipriano, secretária municipal deEducação em exercício.

Na categoria Grêmios Estudantis, a vencedora foi a EMEF Professora Maria Antonieta D´Alkimin Basto, da DRE Butantã, com o projeto “Aprendendo a ser cidadão ciclista em São Paulo”. A questão da mobilidade urbana também rendeu menção honrosa aos estudantes da EMEF João Domingues Sampaio, DRE Jaçanã/Tremembé, que construíram um bicicletário na escola.

Os primeiros colocados nas categorias Estudantes e Professores abordaram um tema comum: a violência. Os projetos vencedores foram “Direitos Humanos - Violência”, da EMEF José Bonifácio, DRE Penha, na categoria Professores, e “Violência Urbana”, da EMEF José Maria Whitaker, DRE São Mateus, na categoria “Estudantes”.

Veja aqui a relação completa dos vencedores

“Tivemos mais que o dobro de projetos do ano passado e creio que, entre os avanços, podemos destacar uma constatação de que nesses projetos aparece com mais concretude a noção de direitos humanos associada à noção de democracia, de luta pela democracia, pela participação política e por todos os valores que são inerentes à palavra democracia, como a liberdade, igualdade e solidariedade. Na escola, isso está ligado diretamente ao respeito ao outro”, disse Maria Victoria Benevides, integrante da comissão de seleção.

O demais membros da comissão Mauricio Piragino, Moacir Gadotti, Vera Masagão, Margarida Genevois, Marco Antonio Barbosa, Flávia Inês Schilling, José Sergio Fonseca Carvalho e Emerson de Oliveira Souza também participaram da cerimônia de premiação.

Na ocasião, foi entregue o 2º Prêmio de Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns à Luiza Erundina [leia mais].