Universidade Aberta da Pessoa Idosa forma sua primeira turma

Cerca de 220 alunos participaram da formatura; durante a cerimônia, secretário Suplicy anunciou ampliação do projeto para outras três unidades

O salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) recebeu, na tarde da última sexta-feira, 4/12, o evento que contemplou a primeira turma de formandos da Universidade Aberta da Pessoa Idosa (UAPI). Resultado da parceria entre as secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e Educação (SME), juntamente com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as cinco unidades iniciais das UAPIs atenderam 220 alunos e ofereceram cursos voltados as mais diversas áreas do saber, como Arte, Ciências Sociais, Cultura, Direitos Humanos e Tecnologia.

Durante a cerimônia, o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy, anunciou a expansão do projeto para mais três unidades dos CEUS em 2016. “Escrevi uma carta propondo ao secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, para que possamos levar as UAPIs a outros centros”, disse. “Aqui, muitas pessoas iniciaram novos ciclos de relacionamento e interação que levarão até o fim da vida”, destacou.

Eduardo Suplicy foi muito prestigiado durante o evento

De acordo com Guiomar Silva Lopes, coordenadora de Políticas para Idosos da SMDHC, o grande diferencial do projeto foi apresentar aos alunos meios de construção coletiva norteados pela solidariedade e respeito. “Durante todo curso tivemos um envolvimento muito grande, um desejo enorme de ampliar o conhecimento e desenvolver a capacidade crítica no debate de ideias”, afirmou. A coordenadora também reforçou o compromisso de continuação e ampliação do projeto. “A UAPI é um projeto para toda cidade de São Paulo e, com as relações fortalecidas, poderemos expandi-la ainda mais”, salientou.

Neste ano, as aulas se desenvolveram nos CEUS Aricanduva, Cantos do Amanhecer e Parelheiros, além dos campi da Unifesp de Santo Amaro e Vila Clementina. O curso foi organizado em três grandes eixos, sendo eles a Promoção da Saúde, Humanidades, Artes e Cultura. Sem pré-requisitos para inscrição, o projeto teve como público alvo principal a população idosa que vive nas regiões mais extremas da cidade.

Guiomar Silva Lopes posa para foto junto a uma das formandas

Segundo Rosana Fiorini Puccini, diretora acadêmica do campus São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), “o projeto proporciona uma oportunidade que vai além do aprender, englobando também a chance de vivenciar momentos e oportunidades conjuntas”. Para ela, “a UAPI representa uma ampla mobilização social e, acima de tudo, o reconhecimento da pessoa idosa e suas necessidades”.

Já para Rubens Casado, presidente do Grande Conselho do Idoso, o pleno exercício da cidadania faz com que o idoso “ocupe seu lugar”. “Nós queremos ver o idoso alegre e feliz”, disse.

Em seu primeiro ano, a Universidade Aberta da Pessoa Idosa (UAPI) conclui suas atividades com uma perspectiva positiva para 2016, visando a continuação da inserção do idoso na sociedade moderna, além de implementar políticas públicas que alcancem um número maior de pessoas que mais precisam.