1º Seminário de Educação em Direitos Humanos reúne educadores, estudantes e entidades

Evento buscou consolidar a disseminação das Diretrizes Nacionais da Educação em Direitos Humanos e construir rede de professores interessados no tema. Rogério Sottili e Maria Victoria Benevides participaram da cerimônia de abertura

(Atualizado em 17/4/14)

O 1º Seminário Municipal de Educação em Direitos Humanos foi realizado entre os dias 14 e 16, na unidade Vergueiro da Uninove, com a participação de professores, estudantes, entidades, especialistas e autoridades. Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili; a secretária-adjunta municipal de Educação, Joane Vilela; Maria de Nazaré Tavares Zenaide, da Coordenação do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e a professora Joyce Anne Semmler, 1ª colocada na categoria Unidades Escolares do 1º Prêmio de Educação em Direitos Humanos.

A abertura do Seminário ainda contou com uma conferência ministrada por Maria Victoria Benevides, professora-titular da Faculdade de Educação da USP. O encontro foi realizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e pela Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio do Grupo de Trabalho Intersecretarial (GTI) Educação em Direitos Humanos, com o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

Confira a programação do Seminário

Voltado a gestores, educadores, estudantes da rede municipal e entidades da sociedade civil, o encontro teve como objetivos consolidar o processo de disseminação das Diretrizes Nacionais da Educação em Direitos Humanos, reunir profissionais de ensino que se interessam pelo tema, construindo uma rede para convívio e troca de experiências, projetos e práticas, além de fortalecer a cultura da educação em direitos humanos nas escolas da rede pública do Município.

“Esse seminário, que pretende ser anual e acontece pela primeira vez, só é possível pela prioridade que a Prefeitura tem dado ao tema”, disse o secretário Rogério Sottili, na abertura. “Por meio da educação em direitos humanos, temos a tarefa conjunta que nos une para enfrentar o imaginário social de violência na Cidade e tornar possível a disputa simbólica em torno dos valores que pretendem fortalecer o ideário de respeito, democracia e efetividade dos direitos de todos. A intolerância, o racismo, o individualismo, a indiferença, a justificação das desigualdades, o desrespeito são as raízes de uma sociedade violenta. A educação em direitos humanos é o instrumento mais poderoso para superar esse cenário, pela construção de uma cultura de direitos”, completou.

Joane Vilela lembrou o cinquentenário do golpe civil-militar de 1964, dizendo que “educar para os direitos humanos exige que mostremos gratidão àqueles que lutaram contra o arbítrio, exige que contemos a história aos meninos e às meninas nascidos agora, exige que pensemos construções pedagógicas que resgatem para os jovens e para os adultos o debate sobre esse período de tensões e de sofrimento”.

A professora Maria Victoria Benevides também abordou o tema dos 50 anos do golpe em sua aula inaugural. “O golpe civil-militar deixou a herança maldita da naturalidade da violência, da discriminação e, principalmente, da tortura. É um bom momento para se afirmar a luta pelos direitos humanos.”

Ao longo dos três dias de evento, houve mesas de discussão e grupos de trabalho temáticos, em que os participantes puderam escolher as suas áreas de interesse. No último dia, Lisete Arelaro, diretora da Faculdade de Educação da USP, fez a conferência de encerramento.

 

1º Seminário de Educação em Direitos Humanos
Uninove – Unidade Vergueiro
Rua Vergueiro, 235/249, Paraíso
Dias 14/4, das 8h às 18h30; 15/4, das 9h30 às 18h; e 16/4, das 9h30 às 17h30