Show Cidadania nas Ruas encerra o 1º Festival de Direitos Humanos, no Parque do Ibirapuera

Celebrando a diversidade, apresentações de Ellen Oléria, Flora Matos, Tulipa Ruiz, Baby do Brasil, Márcia Castro, Tom Zé, Emicida, Rael e Caetano Veloso marcaram o fim da semana de atividades realizada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

Ellen Oléria fez o convite: “Vamos ocupar a Cidade com a nossa diversidade”. E assim teve início o show Cidadania nas Ruas, que encerrou, neste domingo, dia 15, no Parque do Ibirapuera, os nove dias de atividades do 1º Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas, realizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) em várias regiões de São Paulo.

Depois de abrir o show com hits como 'Homem Gol', a cantora brasiliense recebeu no palco do Auditório Ibirapuera a conterrânea Flora Matos, para um dueto que colocou o público para dançar, sobretudo na canção ‘Meu caminho’. O público, aliás, tomou toda a área em frente ao Auditório, sem desanimar com o sol forte de domingo.

Era só o começo de uma maratona musical que ainda levaria ao palco outros oito artistas, a começar por Tulipa Ruiz, que entrou cantando ‘É’ e ‘Efêmera’, e Baby do Brasil, cujos sucessos ‘Dia de Índio’ e ‘Sem pecado e sem juízo’ fizeram a plateia cantar em coro.

Márcia Castro veio na sequência, embalando ‘De pés no chão’ e ‘Frevo pecadinho’, para depois receber Tom Zé, com ‘Augusta, Angélica e Consolação’. O cantor baiano ainda estava em cena quando entrou Emicida, com quem dividiu ‘Politicar’.

O rapper então fez um solo de ‘Triunfo’ e chamou Rael para a execução de ‘Levanta e anda’. Caetano Veloso se juntou à dupla e Criolo surgiu de surpresa no palco. Em um medley, os quatro emendaram várias canções, como ‘Tropicália’, ‘Abraçaço’ e ‘O Haiti’.

Acompanhado apenas do violão, Caetano começou com ‘Força Estranha’ e ‘Sampa’, mas não se restringiu ao setlist e cantou vários outros hits, como ‘Leãozinho’ e ‘Sozinho’, para delírio da plateia.

Tom Zé retornou ao palco para um último dueto, com Caetano, e os dois receberam todos os outros artistas do show para o gran finale, cantando juntos ‘Brasil Pandeiro’.

Arte e diversidade

“Esse evento comemora a diversidade por meio da arte”, disse o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, no backstage. “O objetivo é engajar a população e, com música, reforçarmos a cultura dos direitos humanos.”

Rael também ressaltou a música como um caminho para o engajamento e o encontro. “Ela é o melhor diálogo para reunir as pessoas.”

Já Emicida destacou o fato de a arte ser "a única ferramenta que dialoga de forma livre”. “Não se trata de imposição, a arte é sugestão. E esse show não propõe impor nada, e sim sugerir novas ideias. É uma grande sugestão.”

Na plateia, várias pessoas elogiaram a diversidade mostrada no palco. “Estou gostando dessa mistura de MPB com rap. E, apesar de a maioria das pessoas aqui ser jovem, está curtindo os cantores mais antigos”, disse o analista de suporte Leopoldo Santiago.

“Achei o encontro de Tom Zé e Emicida muito bacana. O Tom Zé veio com a cultura filosófica e o Emicida, com a cultura das ruas”, destacou o estudante Felipe Delufi. Amanda Sadi, publicitária, também aprovou a mistura de estilos. “O único problema foi o show ter acabado”, brincou.

O Festival

Do dia 7 ao dia 15, o Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas ocupou a Cidade com debates, oficinas, teatro de rua, apresentações musicais, intervenções artísticas, entre outras atividades, com o objetivo de propor uma ampla reflexão sobre direitos humanos no Município, ressaltando a importância da construção do sentimento de pertencimento à cidade e de uma convivência cidadã nos espaços públicos.

Veja a programação completa das atividades

Além do encerramento do Festival, o show Cidadania nas Ruas celebrou os 65 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas (ONU), e o Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado no dia 10.

 

Show Cidadania nas Ruas
Parque do Ibirapuera
Em frente ao Auditório Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3
Das 16h às 19h30
Entrada livre e gratuita

 

Fotos: Otávio Almeida e Paulo Pereira/Estúdio Luzia