Outubro Rosa e a prevenção ao câncer de mama

A SMPM está desenvolvendo uma ação integrada com a Secretaria Municipal de Saúde, a partir da Unidade Móvel de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, para marcação de mamografias

A história do “Outubro Rosa” iniciou quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure, no ano de 1990, distribuiu laços cor de rosa aos participantes da 1ª Corrida pela Cura, em Nova York, com a finalidade de chamar a atenção para a existência do câncer de mama. Logo após, despontaram ações isoladas em vários estados norte-americanos referentes ao câncer de mama e o acesso à mamografia no mês de outubro; e com a aprovação do Congresso Americano, ainda na década de 1990, passou a ser considerado anualmente o mês nacional de prevenção do câncer de mama naquele país.
A partir dai, transformou-se em um movimento mundial com o principal objetivo de promover a conscientização de mulheres, profissionais de saúde, instituições públicas e privadas e terceiro setor sobre a importância da prevenção, detecção precoce e tratamento do câncer de mama, através da realização periódica da mamografia por mulheres com idade acima dos 50 anos.
Comemorado de diferentes formas ao redor do mundo, no Brasil a primeira ação pública ocorreu em outubro 2002, quando o Mausoléu do Soldado Constitucionalista, mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera, foi iluminado de rosa. Em outubro de 2008, o movimento ganhou força e várias cidades brasileiras foram iluminadas como uma forma de chamar a atenção para a saúde da mulher.
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, sendo sua incidência de 22% de casos novos a cada ano (INCA, 2014). Quando diagnosticado e tratado precocemente as chances de cura podem checar a 100%, conforme informa o Instituto Brasileiro de Controle de Câncer – IBCC.
Dados do INCA apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, uma vez que seu diagnóstico, na maioria dos casos, é feito quando a doença já está em estágio avançado, sendo que no ano de 2011 cerca de 13 mil mulheres morram. Para o ano de 2014, o INCA apresenta a estimativa de 57.120 novos casos de câncer de mama.
Para ampliar o acesso às ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama, o governo federal vem implementando diversas políticas públicas, e no ano de2011 reafirmou como prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, que tem por objetivo oferecer subsídios aos gestores e aos profissionais de saúde para a elaboração do planejamento das ações de controle deste câncer, no âmbito da atenção integral à saúde da mulher, e determinando a Estratégia de Saúde da Família como coordenadora dos cuidados primários no Brasil.
Nesta direção, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo implementou a Rede Hora Certa, em 2013, com apoio do governo federal, que assumiu o compromisso de realizar repasses anuais no valor de R$ 120 milhões para a SMS, possibilitando que 90 mil mulheres realizassem a mamografia e ultrassom de mamas e transvaginal, exames essenciais para o diagnóstico das neoplasias que mais acometem as mulheres, diminuindo de 7 para 3 meses a espera para a realização destes exames.
Por compreender a necessidade de se ampliar as ações de orientação e acesso à mamografia, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres está desenvolvendo uma ação integrada com a SMS, a partir da Unidade Móvel de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, onde 129 mulheres da região de Guaianases, no período entre 16 e 23 de outubro, já marcaram seu exame. Desde o dia 25 de outubro, a Unidade Móvel atende as mulheres de Cidade Tiradentes e a parceria com a SMS será mantida.
Vale ressaltar que para a SMPM as atividades de educação em saúde, que visam conscientizar as mulheres sobre o câncer de mama, bem como ampliar o acesso aos exames e tratamento devem ser ações permanentes, uma vez que, como já afirmada acima, o quanto antes o diagnóstico for realizado, aumentam as chances de cura e sobrevida das mulheres.