Prefeitura fecha parceria para oferecer curso de língua portuguesa a venezuelanos

 

 

O prefeito Bruno Covas anunciou, nesta sexta-feira (13), um acordo com o Centro Universitário Ítalo Brasileiro para capacitar 50 venezuelanos acolhidos em São Paulo por meio de cursos de língua portuguesa. A parceria foi anunciada em solenidade realizada em Santo Amaro, com a participação dos secretários municipais de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, e de Relações Internacionais, Júlio Serson.

A ação, a custo zero para Prefeitura, prevê a realização de cursos com 30 horas (três horas/aulas semanais), e terá início após uma triagem feita pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) em conjunto com a reitoria da universidade para seleção dos primeiros alunos.

Na semana passada 161 venezuelanos chegaram a São Paulo vindos de Roraima, após um acordo firmado entre a Prefeitura de São Paulo, o Governo Federal e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Os imigrantes estão acolhidos em serviços da SMADS no Butantã, em São Mateus e na Penha. Todos receberam vacinas contra a febre amarela e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), antes de se deslocarem para a capital paulista. Nos serviços de acolhimento, os estrangeiros recebem atendimento social e encaminhamento para outras políticas públicas para regularização da documentação.

“Na cidade de São Paulo não há espaço para xenofobia. Em São Paulo, não há espaço para desrespeito aos direitos humanos sejam de homens e mulheres nascidos aqui ou de homens e mulheres que aqui estão, pois vieram atrás de uma oportunidade”, enfatiza o prefeito Bruno Covas.

 

Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes

Os imigrantes que chegam à capital também podem ser atendidos em mais de sete idiomas (português, espanhol, francês, inglês, árabe, crioule, suahili, lingala, entre outros) no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), administrado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDH).

O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Rua Japurá, 212, ofertando orientação para regularização migratória, assessoria jurídica (em parceria com a Defensoria Pública da União), encaminhamentos para serviços públicos especializados nas áreas de trabalho, assistência social, saúde, moradia e educação. A equipe também atende vítimas de violações em direitos humanos, em especial de trabalho análogo à escravidão.

A pasta também conta com o projeto Portas Abertas: Português para Imigrantes – que oferece, em escolas municiais, cursos estruturados em módulos, com material didático próprio e aberto para imigrantes de todas as nacionalidades.