Cerimônia marca encerramento do primeiro semestre do programa Portas Abertas – Ensino de Português para Imigrantes

Um momento de celebração e confraternização, entre imigrantes, refugiados e parte da população que os acolheu: foi assim a cerimônia de encerramento do primeiro semestre do Portas Abertas, programa de ensino da língua portuguesa para imigrantes oferecido na cidade de São Paulo em 2017. A solenidade foi realizada na EMEF do CEU Jambeiro, em Guaianases, escola que recebeu o maior número de inscritos no programa, com a participação de professores e familiares dos alunos.

O curso foi uma iniciativa conjunta entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – que atuou como motivadora do programa, devido à grande demanda das populações imigrantes em relação ao aprendizado da língua portuguesa – e a Secretaria Municipal de Educação, que envolveu as escolas e comunidades escolares locais, além de criar uma portaria intersecretarial que permitiu a instituição do programa. Foi a primeira vez, em todo o Brasil, que duas secretarias se uniram para oferecer, em escolas públicas municipais, um curso de português para imigrantes. Todos os alunos receberam certificado de conclusão.

“Este é um momento simbólico, que incorpora os alunos ao curso e à cidade, dá a eles essa sensação de pertencimento – e que faz toda a diferença nesse processo de integração. Perceber que o curso foi bem recebido e abraçado pelos alunos, professores e escolas nos dá a certeza de termos cumprido parte da nossa missão”, disse a coordenadora de Políticas para Migrantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Andrea Zamur.


Portas (ainda mais) abertas

O primeiro semestre do Portas Abertas teve aulas realizadas em 10 escolas na cidade de São Paulo, em regiões de alta vulnerabilidade e maior incidência da população imigrante (nas zonas Norte e Leste do município), com um total de 17 salas abertas e 360 alunos inscritos – a maioria composta por jovens/adultos entre 25 e 30 anos, vindos principalmente da América Latina, seguidos por africanos, europeus e asiáticos.

A SMDHC, em parceria com o Centro de Línguas da Universidade de São Paulo, realizou a formação de 80 professores da Rede Municipal de Ensino sobre o ensino da língua portuguesa como meio de integração e acesso a direitos, e sensibilização sobre as especificidades das populações imigrantes. Foram ainda impressas 1300 unidades do material didático, com conteúdo elaborado por profissionais do Centro de Línguas. A SME forneceu a estrutura das escolas e selecionou os docentes que atuam hoje no programa.

Para 2018 a expectativa é que o programa seja ampliado, inclusive com a abertura de mais escolas em outras regiões da cidade – atendendo à demanda apresentada pelo público neste primeiro semestre.