A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Coordenação de Políticas para LGBTI firmaram nesta quinta-feira (28) um termo de cooperação com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo e uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, para beneficiar a comunidade LGBT da cidade de São Paulo. Participaram da solenidade a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, o coordenador de Políticas para LGBTI, Ivan Batista, e representantes da SMADS e da OAB SP.
A primeira parceria anunciada no dia foi um projeto conjunto entre SMADS e SMDHC, para o desenvolvimento de uma república para pessoas trans e travestis em situação de rua (a exemplo da Casa Florescer, equipamento já existente em São Paulo). “O público LGBT é um dos nossos maiores focos de trabalho, mas ainda assim não conseguimos atender a demanda, que é muito grande”, disse a secretária adjunta de Assistência e Desenvolvimento Social, Gitane Leão, afirmando ainda que o objetivo é implantar outras casas futuramente. A presidente da comissão de diversidade sexual da OAB SP, Adriana Galvão, se colocou à disposição para auxiliar na implantação do projeto.
Foi ainda assinado um termo de cooperação técnica entre a SMDHC e a OAB SP, com o objetivo de impulsionar o programa Transcidadania e as ações realizadas nos Centros de Cidadania LGBTI do município de São Paulo, por meio do esforço conjunto entre as duas entidades. O termo prevê também a realização de palestras, seminários, cursos e campanhas que promovam o respeito à diversidade e combatam o preconceito e a intolerância.
O vice-presidente da OAB SP, Fábio Romeu Canton Filho, agradeceu as muitas parcerias firmadas com a SMDHC e elogiou o trabalho da pasta na defesa das minorias – especialmente da comunidade LGBT. “Essa é uma causa que enfrenta obstáculos constantemente, e é nosso dever lutar contra essas dificuldades. Precisamos construir tudo tijolo por tijolo, retirar obstáculo por obstáculo – algo muito mais fácil quando unimos forças”, disse.
“O que fazemos na cidade de São Paulo se reflete não só no Brasil, mas no mundo! Por isso a importância de firmarmos essas parcerias aqui hoje, no Dia Mundial do Orgulho LGBTI. Mais uma vez estamos demonstrando que São Paulo é uma cidade moderna, que respeita a diversidade de todos os seus cidadãos. E isso é o essencial para construirmos um mundo melhor: respeito, a todas e todos, independentemente de suas eventuais diferenças”, afirmou a secretária Eloisa Arruda.
28 de Junho – Dia Mundial do Orgulho LGBTI
O dia 28 de junho é conhecido mundialmente como o “Dia do Orgulho LGBTI” – um reconhecimento à luta diária contra a LGBTIfobia/homofobia, conquistas realizadas e avanços no campo civil, social e político.
A data remete aos acontecimentos do dia 28 de junho de 1969, em Nova York, quando policiais invadiram o bar Stonewall Inn – um ponto de encontro da comunidade LGBTI à época – e prenderam diversos clientes, em mais um episódio de repressão à comunidade LGBTI. Desta vez, porém, os frequentadores se rebelaram e uma multidão de simpatizantes começou a crescer fora do local, isolando as forças policiais. Quando finalmente os policiais saíram do estabelecimento, escoltando uma mulher lésbica, o público começou a reagir – e após poucos minutos de troca de insulsos o protesto se tornou violento, com confronto diretos entre policiais e a população.
Os eventos – que ficaram conhecidos como a Revolta de Stonewall – deram origem a outras manifestações no local já no dia seguinte e se espalharam por outros pontos da cidade, no que seriam as primeiras paradas do orgulho LGBTI. Desde então, a data passou a ser considerada o marco zero na luta pelos direitos da comunidade LGBTI, assim como Junho passou a ser considerado o mês do Orgulho LGBTI.
