Direitos Humanos da Prefeitura lembra exclusão da homossexualidade da lista de doenças

O dia internacional de combate à homofobia teve origem após a a ação da OMS

A duas semanas da realização da 8ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo (sábado, 28) e da 20ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio de sua Coordenação de Políticas para LGBT destacou nesta 3ª feira (17) os 26 anos de retirada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), da homossexualidade da lista internacional de doenças (da Classificação Internacional de Doenças).

Há exatos 26 anos, no dia 17 de maio de 1990, a OMS retirou a homossexualidade dessa relação, e desde então, a data tornou-se um dia histórico na luta da população LGBT contra a homofobia. A SMDHC, que trabalha para sensibilizar a população contra todas as formas de preconceito e discriminação reconheceu e destacou a importância da data.

Uma das ações deste mês é, também, dentro do projeto Cine Direitos Humanos, a exibição de filmes com temática LGBT. As obras “Quanto Dura um amor?”, “Tupiniqueens” e “Lampião da Esquina” estão sendo exibidas gratuitamente. Além disso, a Unidade Móvel de Cidadania LGBT continua a percorrer diversos pontos de São Paulo para oferecer orientações, debates e testes rápidos de HIV/AIDS, soma-se a isso a atuação dos Centros de Cidadania LGBT, onde a população atendida tem acesso à orientação jurídica, acompanhamento psicológico e auxílio do serviço social. O objetivo da secretaria é combater a homofobia e informar a sociedade através de eventos, workshops e palestras.

A homofobia é caracterizada pelas mais amplas formas de preconceito e discriminação de pessoas que não se caracterizam em regulamentações de gêneros. Este ano passou a tramitar no Senado a Emenda nº 5, de 2016, que iguala a homofobia ao crime racial.

Apesar das conquistas, as mulheres e homens transexuais ainda estão na Classificação Internacional de Doenças (CID) e, de acordo com dados da ONG Transgender Europe, o Brasil é um dos países que mais mata transexuais no mundo.