3ª Conferência Municipal da Juventude debate o que os jovens querem para a cidade e o Brasil

Encontro fez parte da programação da 3ª Conferência Nacional, a ser realizada em dezembro

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da Coordenação de Políticas para Juventude, realizou nos dias 4 e 5 de setembro a 3ª Conferência Municipal de Juventude. O evento faz parte de um amplo processo de debate e participação sobre o que querem os jovens para o Brasil, reconhecendo e potencializando as múltiplas formas de expressão juvenil, além de fortalecer o enfrentamento a qualquer forma de preconceito.

Criada como espaço para discutir, analisar, reivindicar e propor ações para os poderes públicos, mas também para pactuar instrumentos de monitoramento e ação entre as redes de organizações, a conferência foi aberta na noite de sexta-feira (4/9) e continuou com debates ao longo do sábado (5/9).

“A conferência cria oportunidades para a juventude dialogar e interagir”, definiu Eduardo Suplicy, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Em sua fala, Suplicy destacou as dificuldades enfrentadas pela juventude brasileira e paulistana, sendo a violência um dos problemas mais graves. “Em muitos lugares da cidade, os jovens sofrem violência com dificuldade para ter uma vida digna e oportunidades para se desenvolver.”

A conferência municipal integra a 3ª Conferência Nacional de Juventude, que acontecerá em dezembro, com objetivo de atualizar a agenda da juventude para o desenvolvimento do país. As propostas e resoluções da etapa nacional servirão de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Juventude.

Para o coordenador de Políticas para Juventude da SMDHC, Claudinho da Silva, a 3ª Conferência Municipal teve como grande mérito ter sido precedida de uma série de encontros preparatórios regionalizados pela cidade, criados com objetivo de mobilizar os jovens de toda a cidade. “Essa é a primeira conferência que efetivamente representa a juventude da cidade de São Paulo, com índios, negros, brancos, imigrantes, sambistas, funkeiros, quem gosta de sertanejo ou quem gosta de rap”, disse Claudinho.

Ângela Meyer, presidente da União dos Estudantes Secundaristas (Upes), compôs a mesa de abertura e reforçou a importância do encontro. “Mesmo que lentamente, vemos avanços pra juventude em São Paulo, como o passe livre. Mas temos muitas outras pautas, como o acesso a creche, a melhoria da educação, além de impedir a redução da maioridade penal. Os jovens não vão realizar seus sonhos encarcerados”, concluiu.


Rodas de debate

No sábado, dia 5, as atividades da Conferência iniciaram com leitura e aprovação de seu regimento. À tarde, os 445 participantes se dividiram em 11 eixos temáticos para discutir o futuro das políticas públicas de juventude na cidade: direito à cidadania, à participação social e política, e à representação juvenil; direito à profissionalização, ao trabalho e à renda; direito à comunicação e à liberdade de expressão; direito à cultura; direito ao esporte e ao lazer; direito à diversidade e à igualdade; direito à educação; direito à sustentabilidade e ao meio ambiente; direito à saúde; direito à segurança pública e ao acesso à justiça; e direito ao território e à mobilidade.

Cada grupo de trabalho formulou quatro propostas municipais e quatro estaduais para deliberação e aprovação na plenária final, que contou com a presença do prefeito Fernando Haddad e do recém-empossado presidente do Conselho Nacional da Juventude, Daniel Souza.

Os trabalhos terminaram com shows da Batalha Racional, da Liga do Funk e do rapper Dexter.