Dia da Mulher Negra é celebrado em evento

Apresentações musicais, palestras, oficinas e homenagens a 15 mulheres negras. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – por meio da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial – e a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo realizaram nesta terça (31/07) um evento para debater e celebrar a força da mulher negra em seu dia nacional, criado em 2014.

O Coletivo de Oyá – grupo de mulheres negras da periferia - deu o pontapé inicial da festa, ao ritmo de cabaças. Em seguida foram cantados pelo maestro Roberto Casemiro o Hino Nacional Brasileiro e o Hino à Negritude. Depois as secretárias de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, e a secretária-adjunta da Cultura, Patrícia Penna, conversaram com o público. Patrícia falou sobre o encantamento de fazer parte do evento, “construído aos pouquinhos e valorizando a diversidade”. Já Eloisa comentou ser um “momento de muita alegria, celebração, mas acima de tudo reverência, em um enaltecimento da raça negra e da mulher negra”. “Temos um caminho a percorrer, é importante a mulher negra ser inserida cada vez mais no mercado de trabalho, mas principalmente alcançar posições de liderança na hierarquia”, completou. A primeira-dama do governo estadual e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Lúcia França, também deu o seu depoimento elogiando a cultura afro e nossa ancestralidade.

Após os pronunciamentos, começaram as palestras. A primeira foi sobre saúde com Vânia Zito e na sequência a respeito do nutricídio (alimentos que trazem problemas a nossa saúde) com Maíra da Costa. Houve então uma intervenção cultural com MC Brisa Flow e B.Girl Potira e agradecimentos especiais à Lunna Rabetti – presidente da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop.

O momento alto do evento veio a seguir, com 15 mulheres negras homenageadas pela luta e militância: Maria Cecília do Nascimento, diretora do Departamento de Gestão de Pessoas da SMDHC; Diva Gonçalves de Oliveira, membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB-SP; Francisca Rodrigues, pró-reitora da Faculdade Zumbi dos Palmares; Juliane Oliveira, coordenadora da Plataforma DHESCA Brasil de Direitos Humanos; Leovegilda da Costa, dançarina e professora de balé; Maria Inês Santiago, diretora de Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Parelheiros; Marlene Aparecida de Moura, funcionária do CRM Brasilândia; Marcella Alves Monteiro, cofundadora do FONATRANS – Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros; Otacília dos Santos, enfermeira parteira aposentada; Luiza Xavier Owhoka, representante da Secretaria da Mulher no SINCOVERG; Eloana Bernardes, mestre de cerimônia; Maria Bernadete Raimundo, sambista da Escola de Samba Unidos do Peruche; Elisabeth Ferreira, da Ouvidoria da SMDHC; Francielly Lino, estudante pelo Bolsa Trabalho no curso de fabricação digital e direitos humanos e Doralice Otaviana, psicóloga.

O evento continuou com mais duas palestras: “As Dificuldades da Mulher Negra no Mercado de Trabalho”, com Valeska Reis, e “Empreendedorismo”, com Ignez Bacelar. O encerramento foi com roda de capoeira feminina e show de Samba de Roda Nega Duda.

Durante o dia houve ainda oficinas de cabelos afro, turbantes e exposições de roupas, bonecos e bijuterias para o público presente. Funcionárias dos Centros de Cidadania da Mulher Capela do Socorro e Santo Amaro apresentaram seus trabalhos.