Cerimônia premia vencedores do 8º Festival de Curtas-Metragens ENTRETODOS

A edição deste ano teve 28 filmes selecionados, exibidos em 78 pontos da cidade, e reuniu mais de 5000 votos

Nesta sexta-feira (9/10), aconteceu o encerramento da 8ª edição do Festival de Curtas-Metragens de Direitos Humanos - Entretodos, que selecionou 28 curtas entre 430 inscritos para serem premiados com até R$7 mil. As exibições aconteceram em 78 pontos da cidade, entre os dias 5 e 9 de outubro. Na cerimônia de encerramento e premiação, na sala Lima Barreto, do Centro Cultural São Paulo, os ganhadores foram homenageados pelo secretário de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Eduardo Suplicy.

O grande vencedor foi “A boneca e o silêncio”, de Carol Rodrigues. O filme foi nomeado Melhor Curta-Metragem pelo Júri Popular e pelo Oficial, recebendo um prêmio para cada categoria. A realização do 8º Entretodos é uma parceria entre as Secretarias Municipais de Direitos Humanos e Cidadania, (SMDHC), Cultura (SMS) e Educação (SME) de São Paulo.

Na cerimônia de premiação, Rogério Sottili – que se despede da SMDHC para assumir a Secretaria Nacional de Direitos Humanos – destacou a importância do festival como linguagem e ferramenta de sensibilização. “[O festival Entretodos] é um grande instrumento para fazer pensar sobre os direitos humanos. E quando ampliamos as exibições para 77 pontos na cidade, mostramos que é necessário democratizar o debate sobre esse tema, e que esta discussão não pode somente estar no centro, mas sim espalhada pela cidade inteira”.

Para Carol Rodrigues, diretora de “A boneca e o silêncio”, o Entretodos “é um potencializador que nos dá pernas maiores do que as que a gente tem para entrar nas discussões. Estamos vivendo um momento delicado, com uma série de perigos aos nossos direitos. O festival ajuda a democratizar a discussão dos valores e a organizar uma resistência para enfrentar qualquer coisa que possa aparecer".

A oitava edição do festival teve números recordes: ao todo, foram 430 filmes inscritos, exibidos em 78 pontos da cidade, com mais de 5 mil votos em sessões. “É nítida a diversidade de autores e temas que eu, como júri, pude tomar contato”, disse a cineasta Tata Amaral, representante do Júri Oficial. “Isto está resultando em novos autores, novos agentes, que estão contando suas próprias histórias - e é isso que a gente quer ver.”


Cidade Educadora

O tema central desta edição do Festival foi “Cidade Educadora”, que destaca o objetivo de usar a capilaridade do festival e as ferramentas de produtos audiovisuais para auxiliar na formação em direitos humanos na cidade. “Conseguimos atingir pela linguagem do cinema um processo de formação mais completo, pois ela melhora as condições dos professores para trabalharem a questão da cidadania com seus estudantes”, explicou Eduardo Bittar, coordenador de Educação em Direitos Humanos da SMDHC. “A ideia era ocupar de forma descentralizada vários pontos da cidade para que os temas de direitos humanos chegassem às escolas, pontos de cultura, espaços de juventude e cineclubes de bairro”.

O Festival realizou, ainda, 18 oficinas com professores da rede municipal e estudantes de toda a cidade, além de debates nas sessões, unindo o público a cineastas, acadêmicos e diversos coletivos.


Direito à Cidade

A principal novidade deste ano foram as exibições ao ar livre em diversos pontos de São Paulo. “O conceito de cidade educadora prevê formas de uso da cidade mais democráticas e participativas, formas que permitam a convivência e a valorização do espaço público”, explica Fernanda Almeida, coordenadora-adjunta de Direito à Cidade da SMDHC. “Levar o cinema pra rua é uma oportunidade de recriar e ressignificar espaços onde a gente não tem esta convivência”.

As sessões ao ar livre aconteceram nas praças Piraju (Grajaú), Sete Jovens (Brasilândia) e Piraporinha (Jd. Ângela), além das projeções no Largo São Francisco (Centro) e na Avenida Barão de Alagoas (Itaim).

 

Assista aqui aos trailers dos filmes vencedores


Vencedores

  • Melhor Curta-Metragem escolhido pelo Júri Popular: “A boneca e o silêncio", de Carol Rodrigues
  • Melhor Curta-Metragem Nacional: “A boneca e o silêncio", de Carol Rodrigues
  • Melhor Curta-Metragem Estrangeiro: "Mais que duas horas", de Ali Asgard
  • Melhor Direção: “Submarino", de Rafael Aidar
  • Prêmio Cidade Educadora: "Espaço protegido", de Zora Rux
  • Prêmio Educação em Direitos Humanos: "Paixão nacional", de Jandir Santin
  • Mostra Online - "X érase una vez", de Amnesia Producciones