Prefeitura reafirma participação com UNIFESP nos trabalhos de identificação das ossadas de Perus

 

“Nunca haverá descaso de nossa parte”. Com essa frase a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, reafirmou o compromisso da SMDHC com a Unifesp para continuação das atividades do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Unifesp (CAAF) que trabalha na análise e identificação dos restos mortais oriundos do cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo. Uma angústia de décadas dos familiares em busca do reconhecimento de seus entes desaparecidos e que podem fazer parte das ossadas encontradas no cemitério de Perus, nos anos 90.

O encontro aconteceu nesta segunda-feira, 7 de agosto, com representantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Unifesp (CAAF) e da Secretária Especial de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos, Flávia Piovesan. O que deve ser feito por cada instituição para que o trabalho de análise prossiga de forma satisfatória foi um dos temas na reunião. Todos são unânimes ao concordar sobre a importância da investigação – não somente para as famílias dos desaparecidos, mas também para a formação dos pesquisadores envolvidos no trabalho.

Representaram a Unifesp Soraya Smaili, reitora, Nelson Sass, vice-reitor, Gabriela de Brelàz, assessora de relação institucional externa, Ieda Longo Maugeri, assessora de integração administrativa, e Javier Amadeo, representante da universidade no Comitê Gestor do Grupo de Trabalho Perus, além de Rogério Wagner da Silva Leite, coordenador de Direito à Memória e à Verdade da SMDHC.

 

Sobre a ossada de Perus

Em setembro de 1990, a Prefeitura de São Paulo exumou de uma vala clandestina no cemitério Dom Bosco, em Perus, sacos plásticos contendo ossadas de pessoas que teriam falecido no início dos anos 70, durante ditadura militar.