Trabalho de identificação de ossadas é prorrogado até o fim de 2018

 

 


Foi assinado na segunda-feira (28/11) um termo de ajustamento de conduta, no âmbito de uma ação civil pública do Ministério Público Federal, que garante a continuidade do trabalho de identificação das ossadas encontradas em valas clandestinas, no cemitério de Perus, até 31/12/2018. Segundo o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), o acordo determina que o custo de R$ 600 mil para a manutenção e funcionamento do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) no próximo ano seja dividido em partes iguais entre os ministérios dos Direitos Humanos e da Educação e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O CAAF é o órgão da universidade que executa o projeto de identificação das ossadas por meio de um acordo de cooperação técnica firmado com a União e a prefeitura de São Paulo.

Vala clandestina

A vala clandestina de Perus foi aberta em setembro de 1990. No local, foram encontradas 1.049 ossadas sem identificação. Em 2014, uma parceria da Secretaria Especial de Direitos Humanos (hoje Ministério dos Direitos Humanos), da Unifesp e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania permitiu a retomada do trabalho de identificação dos restos mortais resgatados da vala clandestina do Cemitério de Perus. Acredita-se que parte dessas ossadas seja de desaparecidos políticos durante a ditadura militar.