É com satisfação que a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania felicita e apoia duas importantes iniciativas relacionadas ao direito à memória e à verdade do período da ditadura militar, tema prioritário para a SMDHC e o prefeito Fernando Haddad, ocorridas na Cidade.

Na segunda-feira, dia 5, a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) recebeu, da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), a cessão para administração do prédio da 2ª Auditoria Militar de São Paulo, que será transformado no Memorial da Luta pela Justiça – Advogados Brasileiros Contra a Ditadura. O edifício, localizado na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, na Bela Vista, foi um dos principais símbolos da repressão política nos anos da ditadura militar.

A proposta, construída em conjunto com o Núcleo de Preservação da Memória e com a parceria de órgãos como a Assembleia Legislativa e a SMDHC, é fazer do local um espaço de resgate da memória do período da ditadura militar, com exposições permanentes e itinerantes, apresentações culturais, palestras e debates, além de um foro para intercâmbio de experiências entre as entidades atuantes no tema na cidade.

A identificação e a criação de memoriais em homenagem a mortos e presos políticos da repressão é um dos eixos de atuação da SMDHC na consolidação do direito à memória e à verdade em São Paulo. Outros eixos são o apoio à identificação das vítimas, a troca de nomes de torturadores em logradouros e ações de educação e cultura direcionados à memória e à verdade. Além disso, outro compromisso do prefeito desde a campanha, agora reiterado no Programa de Metas, é a instalação da Comissão Municipal da Verdade no âmbito do Executivo, que será criada em diálogo com familiares de vítimas e outras comissões correlatas.

O segundo acontecimento que vai ao encontro da atuação da SMDHC na área de direito à memória e à verdade é o lançamento, na sexta-feira, dia 9, na sede da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, do Brasil Nunca Mais Digit@l, site que disponibilizará cerca de 900 mil páginas digitalizadas de 710 processos da repressão julgados pelo Superior Tribunal Militar.

Com a iniciativa, todo o acervo do Brasil Nunca Mais, projeto realizado no início dos anos 80 pela Arquidiocese de São Paulo e o Conselho Mundial de Igrejas, poderá ser consultado pela internet. Confira mais informações no vídeo.