Espaços Produtivos Paulistanos

Estudos sobre a recente evolução econômica com ênfase na dimensão territorial da cidade de São Paulo

 A série “Espaços Produtivos Paulistanos” reúne análises a respeito da evolução recente da economia, enfatizando sua dimensão territorial. Os estudos pretendem contribuir para fortalecer a integração entre instrumentos e políticas de desenvolvimento econômico e de desenvolvimento urbano. A transição produtiva e organizacional pela qual a cidade passou e ainda passa traz uma expressiva mudança no uso do espaço urbano, que pode ser aproveitada para criar novas dinâmicas na cidade. Veja a seguir os estudos da série.

 

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

 O setor de tecnologias da informação e comunicação no município de São Paulo apresentou crescimento de empregos em patamar superior ao conjunto das atividades econômicas na cidade de São Paulo: 68% contra 30%. Esse é um dos resultados do estudo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. O crescimento também foi acompanhado por uma mudança no perfil do setor: enquanto atividades como serviços de tecnologia da informação e tratamento de dados tiveram crescimento do emprego na ordem de 40%, as indústrias relacionadas aos equipamentos de informática teve queda de 9% nos empregos, aproximadamente.

O estudo também evidenciou a importância de São Paulo como prestadora de serviços de TI para todo o país: o município de São Paulo abrigava 22% dos empregos do STIC no Brasil (2011), o dobro da participação do emprego formal total do município frente ao Brasil (11%). Em alguns subsetores do STIC a participação corresponde a cerca de 1/3 dos empregos nacionais: reparação e manutenção (30,9%) e comércio atacadista (33%). Outros, com exceção da indústria, apresentam participação superior a 1/5 dos empregos no país: telecomunicações, 22,9%; serviços de TI, 24,5% e tratamento de dados, 21,3%.

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INDÚSTRIA DA CONFECÇÃO NA CIDADE DE SÃO PAULO

 A indústria da confecção na cidade de São Paulo tem se mostrado resistente aos processos de reestruturação produtiva no município, movimentando anualmente considerável volume de recursos e absorvendo grande quantidade de mão de obra. Reunindo 20,0% dos empregos da indústria o setor coleciona na última década um aumento de 22,8% no valor adicionado e um crescimento de 26% dos estabelecimentos e 37,4% no número de postos de trabalho. Eminentemente urbana e enraizada na aglomeração Brás, Bom Retiro e Mooca (38,7% das empresas), não deixa de estar presente em todo o território paulistano. Nos empregos formais da confecção, São Paulo possui destaque na participação nos cenários metropolitano (86,4%), estadual (52,3%) e nacional (14,0%). A mão de obra do setor se configura como feminina (70,0%) com escolaridade média (46,5%) e que leva em média 30 minutos para se deslocar da residência ao local de trabalho. A informalidade nos vínculos empregatícios e o pouco uso de tecnologia nos processos produtivos se configuram como os desafios do presente para a indústria da confecção.

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