Autoria compartilhada - Monica Nador

A exposição, instalada no piso rebaixado do Pavilhão das Culturas Brasileiras, dá continuidade às atividades que a artista plástica Mônica Nador vem desenvolvendo com a comunidade do Jardim Miriam – zona sul de São Paulo.

Em 2003 foi fundado o Jardim Miriam Arte Clube, o JAMAC, um espaço voltado para a arte e cultura naquele bairro. Hoje funcionam lá oficinas de estêncil, de cinema e animação, além do café filosófico: encontros mensais com professores universitários que falam de temas escolhidos pelos moradores.

A proposta para o espaço expositivo do Pavilhão, tem o caráter de experimentação artística que norteia as atividades de Mônica Nador naquela comunidade. Essa exposição mostra o núcleo de pintura em estêncil em plena atividade. O grupo é parcialmente composto por moradores da comunidade sob coordenação da artista.   O processo de trabalho se dá da seguinte maneira: o grupo realiza uma pesquisa no acervo do Pavilhão e seleciona os objetos com os quais mais se identificam. Desenham então as peças selecionadas, transformam os desenhos em estênceis e os replicam sobre a superfície a ser ocupada, neste caso em panos e parede. A repetição da mesma imagem em sequências organizadas gera os padrões apresentados. Neste projeto especialmente desenvolvido para o Pavilhão das Culturas Brasileiras, os desenhos são aplicados em grandes faixas de tecido de quase 6 metros de altura afixadas no teto.

As pinturas são aplicadas também na grande parede contígua à rampa de acesso ao piso superior.

Ainda como parte da exposição, há na entrada do Pavilhão, um painel externo que será grafitado por Paulo O'Meira, artista integrante do JAMAC e que tem participado das atividades do grupo no Brasil e no exterior.

Trata-se de uma situação onde a artista Mônica Nador compartilha a autoria com os participantes, uma vez que, na medida do  possível, cada um deles atua em todas as etapas do processo, inclusive fazendo escolhas  e tomando decisões.

Aberto ao público a partir do dia 2 de fevereiro de 2011 o espaço funcionará como um atelier aberto, como um “work in progress”, proporcionando ao visitante o conhecimento do processo do trabalho. A exposição permanece  até o mês de julho.

Esta experiência propicia a aproximação de pessoas leigas ou não com o fazer da produção artística, com novas linguagens, áreas de conhecimento e experimentações estéticas, bem como promove o convívio social entre diversas camadas da cultura e em torno do artista.

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