Solar da Marquesa de Santos e Casa de Imagem reabrem restaurados dia 19 de novembro

Solar da Marquesa recebe a exposição 'A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar', com curadoria da professora Heloísa Barbuy e a Casa da Imagem inaugura 'Guilherme Gaensly, o fotógrafo Cosmopolita', com curadora de Rubens Fernandes Junior, dia 19 de novembro, a partir das 11h

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Após restauro iniciado em 2008, o Solar da Marquesa de Santos e a antiga Casa nº 1, agora denominada Casa da Imagem, reabrem para o público com exposições dia 19 de novembro, a partir das 11h.

Na ocasião, além da reabertura dos espaços e lançamento das exposições “A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar”, com curadoria da professora Heloísa Barbuy e “Guilherme Gaensly, o fotógrafo Cosmopolita”, com curadoria do professor Rubens Fernandes Junior, também será lançado o livro Guilherme Gaensly, coedição da Secretaria Municipal de Cultura e da editora Cosac Naify, além da intervenção “No ar” de Laura Vinci, no Beco do Pinto.

SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS

De propriedade de Maria Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, entre 1834 e 1867, o imóvel localizado na rua Roberto Simonsen teve diferentes usos ao longo dos anos, o que resultou em adaptações sucessivas que levaram à descaracterização do imóvel. Sua recuperação, iniciada em 1991, partiu de pesquisas, que embasaram o projeto e as obras de restauração e revelaram não ser possível reconstituir qualquer estágio de construção dentre os vários pelos quais passou o Solar. Deste modo, o restauro realizado, conforme normas internacionais para intervenções em bens histórico-arquitetônicos, preservou e destacou elementos de suas várias etapas construtivas: a conservação dos amplos ambientes do andar térreo, resultantes das diversas demolições, a preservação no pátio interno de vestígios remanescentes da calçada do século XVIII e a demolição de intervenções da década de 1960.

Em 2009, novas obras complementares de restauro e adequação museológica se realizaram com financiamento do BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento, no âmbito do Programa Procentro.

Na exposição “A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar”, o visitante encontrará no piso térreo, destaque para o espaço urbano, com foco na antiga Rua do Carmo (ou Rua de Santa Tereza) e arredores. No piso superior, a exposição propõe uma associação entre os cômodos da casa e seu uso residencial – com espaços sociais e espaços internos – no tempo da Marquesa de Santos, que a comprou em 1834 e onde viveu até morrer, em 1867.

Além de funcionar como sede do Museu da Cidade de São Paulo, rede de casas históricas, o local terá programação cultural regular.

Serviço:

Solar da Marquesa de Santos
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136-A – Centro. Tel. 11 3105-6118
Próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento:
terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita - Ambiente acessível
www.museudacidade.sp.gov.br

Exposição: A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar
Abertura: 19 de novembro, 11h
(exposição permanente / longa duração – 2 anos)  


CASA DA IMAGEM

Novo museu da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a Casa da Imagem, voltado à pesquisa e difusão da história da imagem documental da cidade e à preservação dos acervos Iconográfico e Gestões Municipais, ganha agora a sua sede própria: a centenária Casa nº 1, inteiramente restaurada. O espaço, adaptado para exposições e centro de documentação com acesso ao público e café, é resultado também de um trabalho desenvolvido desde 2007 que constou de tratamento para conservação de todo o acervo fotográfico, com 710 mil imagens da cidade de São Paulo, e da construção de uma base de dados de gerenciamento e recuperação de informações.

A exposição em homenagem a Guilherme Gaensly marca esta inauguração da nova instituição cultural. Muita gente conhece o trabalho deste fotógrafo, mas poucos são aqueles que conhecem a exata dimensão de sua importância para a iconografia da cidade de São Paulo. Com curadoria de Rubens Fernandes Junior, esta exposição coloca luz sobre o mais importante conjunto de fotografias produzidas ao longo de três décadas – entre 1890 e 1920 – momento em que a cidade radicalizou sua transformação urbana.

Serviço:

Casa da Imagem
Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro
Próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento:
terça a domingo, das 9h às 17h.
Entrada gratuita

Exposição: “Guilherme Gaensly, o fotógrafo Cosmopolita”
Abertura: 19 de novembro, 11h
Até 8 de abril de 2012
tel 11 3106 5122
contato.casai@prefeitura.sp.gov.br


BECO DO PINTO

O Beco do Pinto, conhecido também como Beco do Colégio, era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. Atualmente, juntamente com a Casa da Imagem e o Solar da Marquesa de Santos, constitui um significativo conjunto arquitetônico, histórico e cultural.
Seu nome relaciona-se ao sobrenome do proprietário da casa ao lado do logradouro, o Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes Leme, e às suas desavenças com os vizinhos e a Municipalidade por ter fechado o acesso ao Beco em 1821. Em 1826, a passagem foi reaberta e recebeu da Câmara o nome oficial de Beco do Colégio. No ano de 1834, a Marquesa de Santos, ao comprar este imóvel de um dos herdeiros do Brigadeiro Pinto, conseguiu, da Câmara, o fechamento da passagem. Após a abertura da ladeira do Carmo em 1912, atual Av. Rangel Pestana, o Beco perdeu sua função e foi definitivamente desativado.

Para chamar a atenção para esta importante passagem histórica, no dia 19, será inaugurada a exposição “No ar”, de Laura Vinci. Ela sugere uma reflexão sobre a transformação e a passagem do tempo. A instalação de forma fluida, através de seu sistema de vapores e de suas variações sutis, transformará continuamente os espaços do Beco do Pinto, propondo um jogo em que os visitantes serão estimulados a descobrir novas configurações na névoa.

A passagem do tempo é tema recorrente na obra da artista paulista. Trabalhos com produtos orgânicos que se modificavam naturalmente ao longo de uma exposição e  outros que tratam dos processos de transformação do estado da matéria já fizeram parte de sua consagrada produção. Sua obra também se destaca por estabelecer um diálogo com o espaço no qual se insere. Essas características sublinham a instalação criada para o Beco do Pinto, onde a artista instaura ainda uma delicada poética sobre um tempo em suspensão.

Serviço:

Beco do Pinto
Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro
Próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento:
terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita

Instalação: NO AR, de Laura Vinci
Abertura: 19 de novembro, às 11h
Até 8 de abril de 2012