Mostra de Cinema destaca cinematografia africana

“África em dois tempos: Clássicos e Contemporâneos” acontece entre 2 e 11 de agosto, no Cine Olido

Share/BookmarkCompartilhe

Entre os dias 2 e 11 de agosto, o Cine Olido apresenta a mostra “África em dois tempos: Clássicos e Contemporâneos”, com apoio da Cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro. As sessões ocorrem às 15h, às 17h30 e às 19h, com ingressos a R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia-entrada).

Os filmes dão um panorama da cinematografia africana e retratam o presente e o passado do continente. Além das paisagens idílicas, o público paulistano poderá conhecer as tensões religiosas e culturais que fazem parte da história da África. 

A construção estética do cinema africano pode ser observada por meio de filmes clássicos, como “O Wazzou Polígamo”, “Carta Camponesa” e “Os combatentes africanos da Grande Guerra”. Entre a produção contemporânea, estão “Eu e meu branco”, “O preço do perdão” e “Madame Brouette”. Três sessões são especialmente dedicadas a curtas-metragens. Elas serão exibidas no dia 9, às 17h, e no dia 10, às 15h e às 17h.

Os filmes representam o continente, abrangendo desde o Maghreb (Marrocos, Tunísia) até a África do Sul, Oeste e Noroeste africano (Burkina Faso, Mali, Níger, Senegal e Mauritânia), chegando na África Central (República Democrática do Congo) e, por fim, produções que põem em destaque países quase desconhecidos, como Benin, Guiné Bissau e Mali.

As sessões da mostra “África em dois tempos: Clássicos e Contemporâneos” acontecem de terça a domingo. A idade mínima recomendada é de 10 anos.

Serviço: Galeria Olido – Cine Olido. Avenida São João, 473. Centro. Próximo das estações República, Anhangabaú e São Bento do metrô. Telefone para informações: 11 3397-0171. R$ 1. Ingressos podem ser adquiridos pela INGRESSO RÁPIDO pelo telefone 4003-2050, site: www.ingressorapido.com.br/prefeitura ou, ainda, na bilheteria do próprio local que funciona de terça a domingo das 14h às 21h. Apenas para entrega em domicílio será cobrada taxa.


Confira a programação completa:

AFRICA EM DOIS TEMPOS: CLÁSSICOS E CONTEMPORÂNEOS
GALERIA OLIDO | CINE OLIDO | CENTRO | DE 2 A 11 | +10 ANOS | R$ 1

CURADORIA: ALEX ANDRADE. APOIO: CINEMATECA DA EMBAIXADA DA FRANÇA NO RIO DE JANEIRO.

ABOUNA
(França, 2002, 81 min). Dir.: Mahamat-Saleh Haroun. Com Ahidjo Mahamat Moussa e outros.
Numa manhã de sábado, Amine e Tahir são surpreendidos pela notícia de que o pai abandonou a família. Juntos, decidem partir em sua procura, mas só encontram problemas.
| Dia 2, 15h

EU E MEU BRANCO
(Moi et Mon Blanc, França/Burkina Faso/Suécia, 2003, 90 min). Dir.: Pierre Yameogo. Com Anne Roussel, Bruno Predebon, Micheline Compaoré e outros.
Um estudante de Burkina Faso e um jovem francês trabalham como vigias noturnos em estacionamento. Através das telas do equipamento de segurança, acompanham as idas e vindas, a prostituição e o tráfico no entorno. Quando um deles descobre um pacote abandonado com drogas e dinheiro, ambos são perseguidos pelos donos.
| Dia 2, 17h

HEREMAKONO - ESPERANDO A FELICIDADE
(Heremakono - En Attendant le Bonheur, França/França/Mauritânia, 2002, 95 min). Dir.: Abderrahmane Sissako. Com Fatimatou Mint Ahmedou, Khatra Ould Abdel Kader, Makanfing Dabo e outros.
Um menino encontra sua mãe em Nouadhibou, cidadezinha da costa da Mauritânia, enquanto esperam para viajar para a Europa. Sem entender o dialeto, ele se envolve em várias aventuras.
| Dia 2, 19h30

MADAME BROUETTE
(França/Canadá/Senegal, 2002, 104 min). Dir.: Moussa Sene Absa. Com Aboubacar Sadick Ba e outros.
No bairro Niayes Thiokeert, uma mulher confessa ter matado o marido e todas as habitantes do local se juntam em sua defesa. O filme segue o caminho inverso da história, desvendando o que pode tê-la feito tomar essa atitude.
| Dia 3, 15h

NHA FALA
(França/Guiné Bissau/Luxemburgo/Portugal, 2002, 90 min). Dir.: Flora Gomes. Com Ângelo Torres, Bia Gomes, Danielle Evenou e outros.
Comédia musical protagonizada por Vita, uma jovem cabo-verdiana que viola um interdito cultural. A transgressão é simbólica, pois em vez de levá-la a um confronto com a morte, leva-a a um confronto com a vida.
| Dia 3, 17h

O PREÇO DO PERDÃO
(Le Prix du Pardon, França/Senegal, 2001, 90 min). Dir.: Mansour Sora Wade. Com Alioune Ndiaye, Dienaba Niang, Gora Seck e outros.
Um espesso nevoeiro cobre uma aldeia da costa sul do Senegal, impedindo que as pirogas entrem no mar. Como o velho religioso está doente, seu filho decide fazer os ritos, cativando uma jovem e despertando a inveja do amigo de infância.
| Dia 3, 19h30

POEIRA URBANA
(Poussières de Ville, França/Congo/Senegal, 2001, 52 min). Dir.: Moussa Touré.
O cineasta acompanha sete crianças pobres em suas perambulações pela cidade. Decide reintegrá-los às suas famílias, mas encontra dificuldades.
| Dia 4, 15h

SI-GUERIKI, RAINHA-MÃE
(Si-Gueriki, la Reine Mère, França/Alemanha/Benin, 2002, 62 min). Dir.: Idrissou Mora Kpai.
Depois de dez anos de ausência, o cineasta volta a Benim para rever sua família. Contra qualquer expectativa, essa viagem oferece a ocasião de descobrir aquela que, desde sempre, nada mais fez do que servir a seu pai: sua mãe.
| Dia 4, 17h

TASUMA, O FOGO
(Tasuma, le Feu, França/Burkina Faso, 2003, 90 min). Dir.: Kollo Daniel Sanou. Com Aï Keita, Khalil Raoul Besani, Mamadou Zerbo e outros.
Antigo atirador aguarda pela aposentadoria. Decide comprar um moinho a crédito, mas a pensão não chega.
| Dia 4, 19h30

AS RUAS DE CASABLANCA
(Ali Zaoua, Prince de la Rue, França/Bélgica/Marrocos, 2000, 90 min). Dir.: Nabil Ayouch. Com Hichan Moussoune, Mnounïm Kbab, Mustapha Hansali e outros.
Depois que o amigo é assassinado durante uma briga, três meninos de rua decidem dar-lhe um enterro decente. Para isso, contarão com a ajuda de um pescador.
| Dia 5, 15h

BAARA
(França/Mali, 1978, 93 min). Dir.: Souleymane Cissé. Com Baba Niaré, Balla Moussa Keita, Boubacar Keïta e outros.
Jovem malinês deixa o campo para trabalhar como “baara” (carregador de bagagens e mercadorias) em bamaco. Lá, inicia uma grande amizade com um engenheiro dividido entre o diretor da fábrica e a simpatia pelos trabalhadores.
| Dia 5, 17h

O WAZZOU POLÍGAMO
(Le Wazzou Polygame, França, 1970, 50 min).
Dir.: Oumarou Ganda. Com Issa Goumbokoye, Lam Dia, Salamatou Josep e outros.
Decidido a se casar com uma jovem comprometida, um homem crente muçulmano enfrenta o drama de sua segunda esposa, que não aceita a intrusa e decide matá-la.
| Dia 5, 19h30

TILAÏ
(França/Burkina Faso, 1990, 81 min). Dir.: Idrissa Ouedraogo. Com Ina Cisse, Rasmané Ouédraogo, Roukietou Barry e outros.
Decidido a reconquistar a noiva, que se tornou a segunda mulher de seu pai, rapaz é perseguido pelo irmão que quer matá-lo, e foge com a garota. Tempos depois, é obrigado a voltar para a aldeia.
| Dia 6, 15h
 
BAKO, A OUTRA MARGEM
(Bako, L'Autre Rive, França/Mali, 1978, 109 min).
Dir.: Jacques Champreux. Com Sidiki Bakaba, Cheik Doukouré, Guillaume Correa e outros.
A lenta imersão na miséria, o desprezo e, por muitas vezes, a morte por que passam milhares de homens deslumbrados pela miragem de "Bako", palavra bambara que significa "a outra margem", utilizada pelos imigrantes do Mali para designar a França.
| Dia 6, 17h

CARTA CAMPONESA
(Lettres Paysannes, França, 1973, 98 min, PB). Dir.: Safi Faye. Com Assane Faye, Maguette Gueye e outros.
Ngor e Coumba vivem em uma pequena vila na Serere, país do Senegal, e querem se casar, apesar da colheita ter sido afetada pelas chuvas.
| Dia 6, 19h30

FINZAN
(França, 1989, 105 min). Dir.: Cheick Oumar Sissoko. Com Oumar Namory Keita, Koti, Bala Moussa e outros.
Acompanhando a trajetória de uma viúva e sua sobrinha, o filme confronta as tradições patriarcais do Mali, incluindo a controversa questão da circuncisão feminina.
| Dia 7, 15h

OS COMBATENTES AFRICANOS DA GRANDE GUERRA
(Les Combattants Africains de la Grande Guerre, França, 1983, 82 min). Dir.: Laurent Dussaux.
Reunindo reportagens filmadas no Senegal e em Burkina Faso, assim como documentos de arquivo, o filme propõe uma nova abordagem da história por meio dos testemunhos de combatentes africanos sobreviventes da 2ª Guerra Mundial.
| Dia 7, 17h

SAFRANA, OU O DIREITO À PALAVRA
(Safrana, ou le Droit à la Parole, França/Mauritânia, 1978, 121 min). Dir.: Sidney Sokhona. Com Med Hondo, Carrie Sembene e outros.
Quatro trabalhadores imigrantes africanos decidem abandonar Paris para frequentar estágios de agricultura em uma região rural francesa, e depois tentar sua reinserção no país de origem.
| Dia 9, 15h

TAAFE FANGA, PODER DE SAIA
(Taafe Fanga, Pouvoir de Pagne, França, 1997, 103 min). Dir.: Adama Drabo. Com Fanta Berete, Dumu Berté, Yamadou Cissé e outros.
A máscara dos espíritos de uma falésia, símbolo de poder, cai nas mãos de uma adolescente e provoca uma desordem: as mulheres trocam a saia pelas calças dos homens.
| Dia 9, 17h

Curta África 1
ÁFRICA SOBRE O SENA
(Afrique sur Seine, França/Senegal, 1957, 21 min, PB)
Dir.: Mamadou Sarr e Paulin Vieyra. Com Marpessa Dawn, M Bathily, AM Baye e outros.
Artistas e estudantes em Paris procuram por sua cultura.
OS PRÍNCIPES NEGROS DE SAINT-GERMAIN-DES-PRÉS
(Les Princes Noirs de Saint Germain-des-Prés, França/Senegal, 1975, 14 min). Dir.: Ben Diogaye Beye. Com Aziz Diiop, Muriel Dovaz, Moussa Sarr e outros.
Jovens brancas procuram o exotismo de rapazes elegantes e pretensiosos.

PARIS É BONITA
(Paris C'Est Joli, França, 1974, 23 min). Dir.: Inoussa Ousseini. Com Jo Anouma, Charlotte French e outros.
Jovem africano chega à França e, em 24 horas, é enganado e destituído de seus bens.
| Exibições seguidas. Dia 10, 15h

Curta África 2
E NÃO HAVIA MAIS NEVE...
(Et la Neige n’Était plus..., França/Senegal, 1965, 22 min, PB). Dir.: Ababacar Samb Makharam. Com Thomas Coulibaly, Ndeye Diarra, Merry Sane e outros.
As lembranças de um jovem bolseiro senegalês que regressa da França.

JOM OU A HISTÓRIA DE UM POVO
(Jom ou l’Histoire d’un Peuple, França/Senegal, 1981, 76 min). Dir.: Ababacar Makharam. Com Oumar Seck, Oumar Gueye, Amadou Lamine Câmara e outros.
Klaly, o feiticeiro africano, atravessa as épocas para ser testemunha da resistência à opressão: a que opõe o colonizador ao povo escravizado, o senhor ao criado, o patrão aos operários.
| Exibições seguidas. Dia 10, 17h

Curtas África 3
O REGRESSO DE UM AVENTUREIRO
(Le Retour d'un Aventurier, França, 1966, 34 min). Dir.: Moustapha Alassane. Com Zalika Souley, Djingarey Maiga, Moussa Harouna e outros.
A receber equipamentos de couboi, uma gangue inferniza sua aldeia.

OS CAUBÓIS SÃO NEGROS
(Les Cowboys Sont Noirs, França, 1966, 15 min). Dir.: Serge-Henri Moati. Com Moustapha Alassane, Petit Bana, Djingarey Maiga e outros.
História da gravação do filme de ação “O Regresso de um Aventureiro”, primeiro western africano.
| Exibições seguidas. Dia 10, 19h30

TABATABA
(França/Madagascar, 1987, 79 min). Dir.: Raymond Rajaonarivelo. Com François Botozandry, Lucien Dakadissy, Soatody e outros.
Rapaz observa as revoltas populares ocorridas em 1947 na costa de Madagáscar, contra a colonização francesa.
| Dia 11, 15h

AS MIL E UMA MÃOS
(Les Mille et une Mains, França, 1971, 75 min). Dir.: Souhel Benbarka. Com Abdou Chaibane, Elgazi Aissa, Mimsy Farmer e outros.
O filme acompanha a minuciosa tecelagem de tapetes confeccionados em Marrocos.
| Dia 11, 17h

BUUD YAM
(França, 1997, 99 min). Dir.: Gaston J-M Kabore. Com Amssatou Maiga, Serge Yanogo, Sévérine Ouddouda e outros.
Encontrado por uma aldeia quando criança, rapaz precisa deixar o local em busca de um curandeiro, e acaba se deparando com suas raízes.
| Dia 11, 19h30