Bibliotecas e "bosques" têm maratona de histórias

O 4º Festival A Arte de Contar Histórias será realizado entre os dias 14 e 26, reunindo cerca de 50 companhias e contadores individuais de histórias

Certa noite, o espantalho Jeca faz um pedido especial à primeira estrela que avista no céu: conseguir falar e andar. Depois de ser atendido, o boneco forma uma dupla sertaneja com a amiga Frô e, juntos, saem pelo mundo contando histórias embaladas por canções. Esse é o tema de Espantalhando causos, trabalho da Numa Cia. de Artes que integra a programação do 4º Festival A Arte de Contar Histórias. Nesta edição, o evento chega, entre os dias 14 e 26, a 30 bibliotecas e bosques da leitura, reunindo cerca de 50 companhias e contadores individuais de histórias.

Para manipular o boneco Jeca, sua criadora, Roberta Casa Nova, veste-se de preto. “Nós da companhia optamos por não usar capuzes como forma de assumir a nossa existência para o público que se diverte com as brincadeiras dos personagens”, conta ela. As apresentações desse espantalho contador de “causos” ocorrem dia 17, na Biblioteca Pública Viriato Corrêa; dia 18, na Narbal Fontes; e dia 25, na Cora Coralina, sempre às 14h30.

Enquanto a Numa Cia. de Artes tem como público-alvo as crianças, o Grupo Parampará narra Navegando pelo fantástico com Gabriel García Márquez para adolescentes e adultos. Serão interpretadas três histórias inspiradas nos contos do escritor colombiano: Senhor muito velho com asas muito grandes, A luz é como água e A última viagem do navio fantasma. “O objetivo do nosso trabalho é mostrar como o lado onírico presente nas histórias pode dialogar com o mundo concreto”, explica Daniela Caielli, uma das contadoras. O grupo se apresenta dia 18, às 14h30, na Biblioteca Pública Raymundo Menezes; e dia 21, às 16h, na Gilberto Freyre.

Integram também a programação companhias como A Hora da História, Prosa dos Ventos e a especializada em teatro de sombras, Quase Cinema. Nas Bibliotecas Álvares de Azevedo, Paulo Setúbal, Raul Bopp e Mário Schenberg, as narrações são traduzidas por intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Confira a programação completa