Espetáculo “Splash ou A História da Gota Que Sonhava Ser Rio” retrata a busca pela felicidade no universo infantil

Em fevereiro, o Centro Cultural São Paulo também realiza debates sobre os temas da peça


Na peça, componentes de um videogame precisam superar
 as suas diferenças para consertar o jogo (Foto: Rodrigo Palmieri)

Por Gabriel Fabri 

Em seu último espetáculo, “Quem apagou a luz?”, a República Ativa de Teatro resolveu investigar quais são os principais medos das crianças atualmente. Chegaram à conclusão de que a solidão era o maior deles. Agora, na peça “Splash ou A História da Gota Que Sonhava Ser Rio”, a companhia volta a trabalhar com o tema, discutindo também a influência da tecnologia nos relacionamentos das crianças. O espetáculo fica em cartaz até o dia 28 de fevereiro no Centro Cultural São Paulo. 

“A gente vê um esvaziamento das relações, pois a tecnologia facilita a comunicação, mas afasta a convivência física”, explica o diretor, Rodrigo Palmieri. Por isso, a peça toda se passa dentro de um videogame, e os seus personagens são os componentes que fazem o jogo ‘Splash’ funcionar. “Optamos por essa abordagem porque queríamos nos aproximar das crianças, e também pelas possibilidades poéticas”, revela. O espetáculo usa telões e câmeras de vídeo, além de ter como personagem principal uma imagem animada: uma gota d’água. 

No videogame, a gota se sente solitária. Ela acredita que só se tornará feliz quando virar um rio e segue perseguindo esse sonho. “Trabalhamos com questões da existência humana – a perda, a ausência, a busca pela felicidade. É uma história sobre não se sentir completo e buscar aquilo que lhe falta”, explica Palmieri. Entretanto, a gota vai perceber que a felicidade está, na verdade, nas pequenas coisas.  Isso é, se o grupo de componentes do videogame conseguirem superar as suas diferenças para trabalhar em grupo e consertar o jogo, após um curto-circuito. 

Paralelamente à peça, são promovidos três debates: no dia 13, o tema é “A Geração ‘Google’: informação x conhecimento”; no dia 20, será “Ausência e busca da felicidade”; por fim, no dia 27, o tópico é “Inovação no teatro infantil”.

Serviço: | Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. Centro. Até dia 28. Sáb. e dom., 16h. R$ 10. Dia 7, preço popular: R$ 3 (ingressos na bilheteria ou pelo site www.ingressorapido.com.br, podendo ser adquiridos, via internet, a partir de 30 dias antes do evento)
| Centro Cultural São Paulo – sala de debates. Centro. De 13 a 27. Sáb., das 10h30 às 12h30 (dia 13: “A Geração ‘Google’: informação x conhecimento” - com Renata Americano e William Costa Lima; dia 20: “Ausência e busca da felicidade” - com Mariuza Pregnolato; dia 27: “Inovação no teatro infantil” - com Angelo Brandini e Luiza Jorge). Grátis