Danilo Brito, Maiara Moraes e Gafieira do Pinheiro se apresentam no Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo

Apresentações de Choro acontecem entre os dias 4 e 6 de setembro


Artistas integram programação do teatro depois de três anos de reforma

Por Letícia Andrade


Depois de três anos de reforma, o Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo reabriu suas portas, no dia 18 de agosto, como sede do Clube do Choro, a recriação do grupo partiu de uma mobilização de artistas dedicados a esse gênero musical. A intenção é retomar a tradição da década de 1980, quando centenas de músicos e admiradores do estilo se reuniam na Rua João Moura, em Pinheiros.

Desde a inauguração, o espaço já recebeu um dos ícones do Choro: o grupo Izaías e Seus Chorões, o mais antigo em atividade em São Paulo, André Parisi Quinteto e Bandinha Popular, além de artistas de outros gêneros musicais e espetáculos de teatro. Em setembro, os convidados são os músicos Danilo Brito, Maiara Moraes e o grupo Gafieira do Pinheiro.

O bandolinista Danilo Brito apresenta, no dia 4, seu novo álbum “Danilo Brito e novo Quinteto” (2014), além de fazer uma homenagem ao centenário do instrumentista Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, morto em 1955. A trajetória artística de Brito começou desde muito cedo. Aos 13 anos de idade, gravou seu primeiro CD, “Moleque Atrevido”.  Aos 19, foi nomeado como melhor instrumentista brasileiro pelo júri do 7° Prêmio VISA.

No dia 5, a flautista Maiara Moraes vem acompanhada dos músicos Pedro Cury (violão 7 cordas), Daniel Migliavacca (bandolim), Gabriela Silveira (pandeiro), Luisa Toller (voz) e Jussan Cluxnei (clarinete e clarone). Neste show, eles apresentam composições de Copinha, compositor e arranjador que circulou entre o universo do Choro, da MPB e do jazz como instrumentista. Também serão interpretadas composições de músicos paulistas que fizeram parte de seu repertório, como Garoto e Adoniran Barbosa.

Já no dia 6, o grupo Gafieira do Pinheiro relembra a sonoridade das bandas de gafieira em seu auge, entre as décadas de 1940 e 1950. Os músicos tocam composições próprias e também releituras de grandes nomes da música brasileira tradicional, como Alessandro Penezzi, Baden Powell, Dorival Caymmi, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ataulfo Alves e Geraldo Pereira.

Serviço: Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste | tel. 2605-8007.  

PROGRAMAÇÃO TEATRO MUNICIPAL DA MOOCA ARTHUR AZEVEDO
Retirar ingressos gratuitos, um por pessoa, a partir das 14h.

4.09 | SEXTA
21h NOSSO CHORO - DANILO BRITO INTERPRETA COMPOSIÇÕES DE GAROTO E DE SEU NOVO ÁLBUM AUTORAL
Apresentação de Choro, contemporâneo e em memória, em duas partes. Na primeira parte, Danilo Brito apresenta seu novo álbum, homônimo, dedicado exclusivamente a composições suas, ao lado de seu conjunto.Na segunda parte, apresentação de composições do instrumentista Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, reconhecido tanto por seu trabalho como intérprete, quanto como compositor, e que estaria completando 100 anos em 2015.

5.09 | SÁBADO
21h AMANDO SEMPRE – MAIARA MORAES INTERPRETA COPINHA
A flautista Maiara Moraes apresenta neste show composições de Copinha, músico que circulou com grande habilidade entre o universo do choro, da MPB e do jazz como instrumentista, compositor e arranjador. Além de sua obra, serão interpretadas composições de músicos paulistas que fizeram parte de seu repertorio, como Garoto e Adoniran Barbosa. Acompanhada de Pedro Cury no violão 7 cordas, Daniel Migliavacca no bandolim e  Gabriela Silveira no pandeiro, o show ainda conta com a participação de Luisa Toller (voz) e Jussan Cluxnei (clarinete e clarone).

6.09 | DOMINGO
19h CHORO DE GAFIEIRA COM GAFIEIRA DO PINHEIRO
A Gafieira do Pinheiro tem sua sonoridade inspirada nas grandes orquestras de baile que atuavam nas décadas de 40 e 50. Na época em que a Odeon, a Orquestra Tabajara, a Carinhoso, entre outros grupos, tocavam, sobre tudo, o choro para as pessoas ouvirem e dançarem – como ainda acontece hoje em dia. A partir dessas referências criamos nossa identidade e partimos para o propósito de tocar choro como se fosse orquestrado, mas com a formação de uma banda de gafieira. Uma instrumentação menor, com uma linguagem que apresenta os ritmos tradicionais com leitura e características do grupo – sutilmente moderna, virtuosa e descontraída.