Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo reabre após reforma e modernização como sede do Clube do Choro de São Paulo

Além de rodas de choro e atividades de formação no gênero musical, o Clube do Choro dividirá o espaço com uma programação regular de outros gêneros musicais, além de espetáculos de dança e teatro

O Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo foi devolvido à cidade, no último dia 18 de agosto, inteiramente reformado, modernizado e com acessibilidade total, após um investimento da Secretaria Municipal de Cultura de R$ 7,8 milhões. A partir deste mês também, ele passa a abrigar uma novidade, a sede do Clube do Choro, anunciada em maio deste ano.



(Clube do Choro ocupará o teatro com concertos regulares e atividades de formação | Foto: Sylvia Masini)

“Com a reinauguração do principal teatro da Mooca e a instalação do Clube do Choro, a Secretaria Municipal de Cultura requalifica duplamente este equipamento cultural. Em primeiro lugar, promovendo a sua modernização técnica e depois dando um salto de qualidade na sua programação cultural, com show e rodas de choro e atividades regulares de formação relacionadas a esse gênero musical. A curadoria musical está sendo elaborada por uma comissão formada pelos próprios ‘chorões’”, ressalta Nabil Bonduki, secretário municipal de Cultura. A programação especial do Choro dividirá o palco também com outros estilos musicais e formas de arte como a dança e o teatro, oferecendo ao público uma programação bastante plural. 

Além de atrações artísticas, o Teatro receberá oficinas e atividades de formação em Choro, que poderão ser realizadas também no amplo prédio anexo, construído durante essa obra para abrigar a área administrativa e as salas multiuso para ensaios e apresentações mais intimistas. 

Sobre a reforma

O Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo tem projeto original do arquiteto Roberto Tibau e é tombado pelo Conpresp como exemplo de arquitetura modernista em São Paulo. Agora, reformado e modernizado com projeto arquiteta Silvana Santopaolo, do Gerenciamento Técnico de Obras da Secretaria Municipal de Cultura, ele passa a contar com recursos técnicos contemporâneos para as companhias e mais conforto para o público, colocando-o no mesmo patamar das principais salas da cidade. 

Com capacidade total de 349 lugares, incluindo 16 especiais, a obra contemplou a requalificação da caixa de palco com a instalação de recursos modernos de cenotecnia para teatro e sistema de projeção; nova cabine de controle de som e luz; melhoria acústica; ar-condicionado com sistemas de controle independentes para palco e plateia; novas instalações elétricas e hidráulicas e novas poltronas na plateia. Além disso, foi construído um prédio anexo com cobertura impermeabilizada e sombreamento, que garante maior conforto térmico interno e maior vida útil para a impermeabilização. 

A área reformada total é de 1454 metros quadrados e com o prédio anexo a área construída foi ampliada em mais 500 metros quadrados. O terreno total tem 3 mil metros quadrados, considerando ainda os jardins e o estacionamento com 26 vagas, sendo 5 exclusivas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 

Nesta reforma, o prédio passou a ter acessibilidade total para público e atores. Além das adaptações internas (camarim acessível, sanitários acessíveis, etc.) foi prevista a instalação de plataforma para pessoa com deficiência e mobilidade reduzida entre o estacionamento e o acesso principal ao saguão. 

Choro tem tradição

A proposta de resgatar a ideia do clube partiu de uma mobilização de artistas dedicados a esse gênero musical. Eles queriam retomar a tradição que culminou, na década de 1980, na criação do Clube do Choro, localizado na Rua João Moura, em Pinheiros. O espaço reunia centenas de músicos e admiradores do estilo.

Na sexta-feira, dia 21, apresenta-se um dos ícones do Choro: o grupo Izaías e Seus Chorões, o mais antigo em atividade em São Paulo, liderado pelo Mestre Izaías. No show, o repertório traz canções autorais e de compositores paulistas de várias épocas. No sábado, dia 22, o André Parisi Quinteto toca um repertório próprio, com valsas e choros lentos e modernos. No domingo, dia 23, a Bandinha Popular homenageia a compositora paulista Magdalena Pesce Vitale, conhecida como Lina Pesce. A autora tinha como característica dar o nome de pássaros às suas obras, como “Bem te vi atrevido”.

No fim de semana seguinte à reabertura, o local recebe artistas de outros gêneros musicais: Angela Maria e Cauby Peixoto, o cantor e compositor Moraes Moreira e Filipe Catto, homenageando Cássia Eller. Nos próximos meses, também ocupam o palco as apresentações teatrais, entre elas, montagens selecionadas por meio de edital da Funarte. 

Serviço: Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste | tel. 2605-8007. Reabertura: 18/8, a partir das 10h. Programação gratuita. 


PROGRAMAÇÃO TEATRO MUNICIPAL DA MOOCA ARTHUR AZEVEDO
Retirar ingressos gratuitos, um por pessoa, a partir das 14h.

AGOSTO

18.08 | TERÇA
10h - Abertura solene com apresentações de rodas de choro

21.08 | SEXTA
21h CLUBE DO CHORO | IZAÍAS E SEUS CHORÕES APRESENTAM “CHORANDO EM SÃO PAULO” (música)
Show: “Chorando São Paulo”. Com os fundadores do grupo, Izaías Bueno de Almeida (bandolim) e Israel 7 Cordas (violão), além de Marco Bailão (violão 6 cordas), Getúlio Ribeiro (cavaquinho) e Allan Gaia Pio (pandeiro).
Oriundo do Conjunto Atlântico de Antônio Dauria, um dos preferidos do mestre Jacob do Bandolim, Izaías e Seus Chorões é hoje o mais antigo grupo de chorinho em atividade em São Paulo. Neste show, apresenta músicas autorais e de compositores de várias épocas.  

22.08 | SÁBADO
21h CLUBE DO CHORO | ANDRÉ PARISI QUINTETO APRESENTA FEELING BRASILEIRO (música)
Show: “Feeling brasileiro”.
Este show é continuação de um caminho autoral que Parisi trilha há mais de uma década com seu conjunto, antes denominado Língua Brasileira. O artista também assina os arranjos do repertório, composto por valsas, choros lentos, maxixes e choros modernos.

23.08 | DOMINGO
19h CLUBE DO CHORO | BANDINHA POPULAR INTERPRETA LINA PESCE (música)
Show em homenagem à compositora paulista Lina Pesce (Magdalena Pesce Vitale).
Criada em 2011 pelo músico, arranjador e produtor Paulo Serau, a banda apresenta os primeiros gêneros musicais brasileiros, como choro e maxixe, além de polca, valsa, baião e marcha. Neste show, o grupo destaca a flauta para homenagear a compositora Lina Pesce, conhecida no universo do choro por suas obras com nomes de pássaros, como “Bem te vi atrevido”, “Canarinho gracioso” e “Corruira saltitante”.

28.08 | SEXTA
21h SHOW ÂNGELA MARIA & CAUBY PEIXOTO – REENCONTRO (música)
Show: “Reencontro”. Dir. musical: Ronaldo Rayol.
Amigos e companheiros de palco de longa data, Angela e Cauby cantam, acompanhados por uma banda, músicas que os consagraram em seus mais de 60 anos de carreira. No repertório, estão sucessos como “O mundo é um moinho”, de Cartola, “Como é grande meu amor por você”, de Roberto e Erasmo Carlos, “Babalu”, de Margarita Lecuona, e “Conceição”, de Nelson Souto e Antonio Carlos de Sousa e Silva.

29.08 | SÁBADO
21h SHOW MORAES MOREIRA (música)
Com mais de 40 discos gravados e quase 500 composições escritas, Moraes Moreira, ex-integrante do grupo Novos Baianos, apresenta sucessos que marcaram sua trajetória artística, iniciada nos anos 1970, entre eles, “Preta pretinha”, e canções do último CD, “Revolta dos ritmos”, ganhador do Prêmio da Música Brasileira de 2013.

30.08 | DOMINGO
19h00 SHOW FILIPE CATTO CANTA CÁSSIA ELLER (música)
Show em homenagem a Cássia Eller. 
Nesta apresentação em homenagem à cantora Cássia Eller, Catto relembra músicas como “Malandragem”, de Cazuza e Frejat, “Segundo Sol”, de Nando Reis, “E.C.T.”, de Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown, e “Non, je ne regrette rien”, de Édith Piaf, interpretada por Cássia em seu “Acústico MTV” (2001).


SETEMBRO

04.09 | SEXTA
21h00 CLUBE DO CHORO 

05.09 | SÁBADO
21h00 CLUBE DO CHORO 

06.09 | DOMINGO
19h00 CLUBE DO CHORO 

09.09 | QUARTA
21h00 CLUBE DO CHORO 

11.09 | SEXTA
21h00 TIRANDO OS PÉS DO CHÃO (teatro/circo)
Margarida, Jandira, Ana, Lucia... e tantas outras escrevem. Elas perderam, buscam seu amor. Rubens, Cris, Ariane, Deise e tantos outros entrevistados contam as vicissitudes do amor. Através de seus gestos, imagens e estórias foram construídos o corpo e movimentos de cada intérprete. “Tirando os Pés do Chão” baseia-se neste encontro atordoante e entorpecente que o amor nos coloca, e retrata diversas estórias que nos tiram os pés do chão.

12.09 | SÁBADO
21h00 TIRANDO OS PÉS DO CHÃO (teatro/circo)

13.09 | DOMINGO
19h00 TIRANDO OS PÉS DO CHÃO (teatro/circo)

16.09 | QUARTA
21h00 CLUBE DO CHORO 

18.09 | SEXTA
21h00 TIRANDO OS PÉS DO CHÃO (teatro/circo)

19.09 | SÁBADO
21h00 TIRANDO OS PÉS DO CHÃO (teatro/circo)

20.09 | DOMINGO
19h00 TIRANDO OS PÉS DO CHÃO (teatro/circo)

23.09 | QUARTA
21h00 CLUBE DO CHORO (atração a definir)

24.09 | QUINTA
21h00 MÁQUINA DE DAR CERTO (teatro)
Pessoas trancadas em um cômodo são submetidas a uma série de estímulos sonoros e visuais e transformam em espetáculo o condicionamento humano. Como nos experimentos de Frederic Skinner, elas são constantemente testadas: têm que executar as tarefas e coreografias determinadas por um comando cuja identidade é desconhecida.

25.09 | SEXTA
21h00 MÁQUINA DE DAR CERTO (teatro)

26.09 | SÁBADO 
21h00 MÁQUINA DE DAR CERTO (teatro)

27.09 | DOMINGO
19h00 MÁQUINA DE DAR CERTO (teatro)

Outubro
02.10 | SEXTA
21h00 CLUBE DO CHORO 

03.10 | SÁBADO
21h00 CLUBE DO CHORO 

04.10 | DOMINGO
19h00 CLUBE DO CHORO 

07.10 | QUARTA
21h00 CLUBE DO CHORO 

09.10 | SEXTA
21h00 MORTE E VIDA SEVERINA (teatro)
A montagem atualiza um dos mais importantes clássicos da literatura brasileira, “Morte e vida severina” de João Cabral de Melo Neto. A saga do imigrante Severino - que sai do sertão da Paraíba rumo à capital Recife – ganha um olhar urbano e contemporâneo em uma encenação que prima pelo texto ao mesmo tempo que renova a paisagem proposta pelo autor. O Sertão virou asfalto.

10.10 | SÁBADO
21h00 MORTE E VIDA SEVERINA (teatro)

11.10 | DOMINGO
19h00 MORTE E VIDA SEVERINA (teatro)