Mostra no Cine Olido traz sessões com filmes nacionais recentes

'Branco sai, preto fica' está entre os destaques da programação, em cartaz de 1º a 10 de maio


“Branco sai, preto fica”  é ganhador de 11 prêmios no
47º Festival de Cinema de Brasília


Por Natália Tayota

Entre os dias 1º e 10 de maio, o Cine Olido exibe quatro produções brasileiras lançadas recentemente que tiveram pouco apelo no circuito comercial de cinema. Entre as obras estão “Olho Nu”, de Joel Pizzini; “Os dias com ele”, de Maria Clara Escobar; “A cidade é uma só?” e “Branco sai, preto fica”, ambos de Adirley Queirós.

Em “Olho nu”, a vida e obra do cantor Ney Matogrosso é retratada a partir de imagens de shows, videoclipes, entrevistas e gravações caseiras, selecionadas pelo próprio artista, que remontam sua história, desde sua infância até despontar na banda Secos & Molhados e depois em carreira solo.

Já em “Branco sai, preto fica” há uma mistura entre documentário e ficção. A narrativa traz à tela uma história real que aconteceu na década de 1980, em Ceilândia, periferia de Brasília. Durante um baile black, dois homens são feridos. Um terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva. O longa-metragem, lançado em março deste ano, é ganhador de 11 prêmios no 47º Festival de Cinema de Brasília.

Serviço: Galeria Olido – Cine Olido. Av. São João, 473, Centro. Tel. 3331-8399 e 3397-0171. Próximo das estações República, Anhangabaú e São Bento do metrô. De 1º a 10. 12 anos. R$ 1.


Confira a programação completa:

OLHO NU
(Brasil, 2012, 101 min). Dir.: Joel Pizzini.
A vida e obra do cantor Ney Matogrosso é retratada neste documentário a partir de imagens e sons reunidos pelo artista, e de materiais de arquivos públicos, contrapostos às performances atuais.
| Dia 1º, 17h. Dias 2 e 7, 15h

OS DIAS COM ELE
(Brasil, 2013, 107 min). Dir.: Maria Clara Escobar.
A jovem cineasta mergulha no passado quase desconhecido de seu pai, lidando com descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de uma parte da história raramente exposta. Ele é um intelectual brasileiro, preso e torturado durante a ditadura militar, que não fala sobre isso desde aquele tempo. Já ela é uma filha em busca de sua identidade. Prêmio de Melhor Filme na 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes.
| Dia 1º, 19h. Dias 3 e 7, 17h. Dia 8, 15h

A CIDADE É UMA SÓ?
(Brasil, 2013, 73 min). Dir.: Adirley Queirós. Com Dilmar Durães, Nancy Araújo, Marquinhos do Tropa e outros.
O filme tem como referência a cidade de Ceilândia, periferia de Brasília, e cinco personagens. Uma delas narra a origem da capital e o processo de especulação imobiliária; outra sonha em se mudar para o Plano Piloto de Brasília. Enquanto isso, ao lado de um ex-rapper, um candidato a deputado vive a expectativa do resultado das eleições e um homem tenta vender lotes irregulares nas periferias do Distrito Federal. Ganhador do Prêmio da Crítica de Melhor Filme na 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes.
| Dias 2 e 6, 17h. Dia 8, 19h. Dia 9, 15h

BRANCO SAI, PRETO FICA
(Brasil, 2015, 93 min). Dir.: Adirley Queirós. Com Marquim do Tropa, Shockito, Dilmar Durães e outros.
Durante um baile black na periferia de Brasília, dois homens são feridos. Um terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva. O filme parte de um episódio real, a repressão policial a um baile realizado em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, nos anos 1980. Ganhador de 11 prêmios no 47º Festival de Cinema de Brasília.
| Dias 2, 5 e 9, 19h. Dias 3 e 10, 15h