Grupo Luceros e Toninho Ferragutti trazem influências da cultura brasileira para o flamenco

Coreografia integra o Circuito São Paulo de Cultura com apresentações entre os dias 4 e 26, nos teatros Flávio Império, Martins Penna e Zanoni Ferrite

Música de Toninho Ferragutti traz para o flamenco
 influências do forró e outros ritmos brasileiros

Por Gabriel Fabri

O flamenco, dança espanhola que tem nas suas origens influências da cultura árabe e cigana, é reinventado nas mãos do músico Toninho Ferragutti e do Grupo Luceros. Com toques da cultura brasileira, o espetáculo “Luceros dança Toninho Ferragutti”, dirigido por Clarisse Abujamra, traz uma nova cara ao flamenco. A coreografia integra o Circuito São Paulo de Cultura, com apresentações nos dias 4 e 5, no Teatro Martins Penna; nos dias 17, 18 e 19 no Teatro Zanoni Ferrite; nos dias 24, 25 e 26, no Teatro Flávio Império.

Alessandra Kalaf, coreógrafa e bailarina do Grupo Luceros, explica que a parceria com Toninho Ferragutti surgiu quando o grupo foi convidado, em 2006, para participar de um festival de flamenco. O grupo, entretanto, não queria apresentar algo que não tivesse uma marca pessoal, brasileira. “Queríamos um flamenco com a nossa energia, a nossa alegria e a nossa tristeza”, explica. E a música de Ferragutti, para ela, tinha o essencial: a capacidade de tocar o público. “Como o flamenco, a música dele é muito popular, no sentido de emocionar as pessoas”, afirma a coreógrafa. 

Após se apresentarem com o acompanhamento de canções já conhecidas de Ferragutti, o grupo se reuniu novamente com o músico e, juntos, desenvolveram uma trilha sonora e coreografia inéditas. Tudo de forma improvisada, sem pretensão de criar o que acabou virando o espetáculo. “Foi algo que surgiu com espontaneidade. Cada um ali propunha uma possibilidade – leque, castanholas, sapateado, palmas – fomos brincando e registrando tudo em vídeo”, afirma Alessandra.

É na música em que a brasilidade está mais presente, com muita influência do forró, além de outros ritmos, como o maracatu e o samba. “Em nenhum momento você escuta uma música flamenca da maneira tradicional”, declara a bailarina. A movimentação, entretanto, é flamenca do começo ao fim. “Os gestos são mais brasileiros também, tirando um pouco da agressividade do ritmo e colocando mais a nossa personalidade”, explica Alessandra.  

Serviço: Diversos Espaços. Grátis. 70 min. Livre. 

| Centro Cultural da Penha – Teatro Martins Penna. Largo do Rosário, 20, Penha. Próximo do Shopping Penha. Zona Leste. | tel.2295-0401. Dia 4, 20h. Dia 5, 19h
| Teatro Zanoni Ferrite. Av. Renata, 163, Vila Formosa. Zona Leste. | tel. 2216-1520. Dias 17 e 18, 20h. Dia 19, 19h
| Teatro Flávio Império. R. Prof. Alves Pedroso, 600, Cangaíba. Zona Leste. | tel. 2621-2719. Dias 24 e 25, 20h. Dia 26, 19h