Mês da Cultura Independente chega à 8ª edição com intensa programação cultural em setembro

Shows nacionais e internacionais, mostras de cinema, cursos, oficinas, palestras, debates e encontros ocupam diversos espaços públicos da cidade ao longo do mês


Seun Kuti, filho do nigeriano Fela Kuti, faz show com a banda Egypt 80,
dia 28, no Vale do Anhangabaú


O Mês da Cultura Independente (MCI), festival de artes que chega à sua oitava edição, traz mais de 100 atrações distribuídas por diversos espaços da cidade. Inicialmente realizado no Centro Cultural da Juventude, hoje o projeto se espalha por inúmeros equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura –organizadora do evento–, como bibliotecas públicas, teatros, galerias e cinemas, além de áreas ao ar livre, como praças, parques, ruas e terminais de ônibus. A programação reúne atividades em diversas áreas e oferece ao público uma experiência múltipla em música, cinema, dança, literatura e artes visuais.

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Nesta edição, as ruas tornaram-se protagonistas, pois uma parte importante das atrações será desenvolvida ao ar livre. O encontro de coletivos culturais no SP na Rua acontece, na região central, dia 6 a partir das 22h e se estende até às 5 da manhã do domingo. Entre os convidados estão Calefação Tropicaos, LAÇO e Matilha Cultural.

O Vale do Anhangabaú é palco para os shows do americano GZA/The Genius, membro-fundador do lendário grupo de hip-hop Wu-Tang Clan, dia 7, às 16h; e de Sean Kuti, filho do lendário nigeriano Fela Kuti, considerado o criador do afrobeat. Nesse show, que acontece dia 28, ele se junta à orquestra Egypt 80, que acompanhou seu pai durante anos.

Ainda no campo da música, a inglesa Lydia Lunch faz uma apresentação especial no Cine Art Palácio, espaço recentemente desapropriado pela Secretaria Municipal de Cultura. Reconhecida na cena underground de Nova York, nos anos 1970, como ícone do movimento punk, a cantora faz sua performance às 18h do dia 6.

Da cena nacional, Arrigo Barnabé apresenta espetáculo em homenagem aos 100 anos de nascimento do compositor Lupicínio Rodrigues. O show chega a três espaços: Teatro Alfredo Mesquita (dia 13), Galeria Olido (dia 20) e Teatro Décio de Almeida Prado (dia 27). Também a cantora Céu presta um tributo, neste caso, ao compositor jamaicano Bob Marley, interpretando o álbum “Catch a Fire”, dia 21, às 18h, no Centro Cultural da Juventude.

O Parque Ibirapuera, que passou a funcionar durante 24 horas nos finais de semana desde setembro do ano passado, sedia a primeira edição do Sarau da Madrugada. O evento realizará nas madrugadas de sábado para domingo, ao longo de todo o mês, entre 0h e 5h, apresentações de saraus e batalhas poéticas, através da participação de diversos coletivos. Entre os artistas e coletivos da programação estão Sarau da Cooperifa, ZAP e Slan da Guilhermina + Emblues Band, Elo da Corrente + Jam Dança Improvisação e Sarau do Binho + Circo Incandescente.

O Cemitério da Consolação recebe, dia 13, a mostra Cinetério – Clássicos do Horror Brasileiro. Dedicada aos filmes de terror de diretores brasileiros, a programação exibe longas-metragens icônicos, como “Ninfas diabólicas” (1974), de John Doo, estrelado por duas das maiores musas do cinema da Boca do Lixo, Aldine Müller e Patrícia Scalvi; “Excitação” (1977), de Jean Garrett, filme que transita entre a ficção científica e o thriller psicológico; e “As sete vampiras” (1986), dirigido pelo mestre do terror, o cineasta Ivan Cardoso.

A programação também abre espaço para a primeira edição do CoCidade, iniciativa da Secretaria de Cultura em parceria com pessoas, projetos, empresas e espaços que pretendem, por meio de uma programação de 10 dias, em quatro diferentes espaços, como Praça das Artes e Centro Cultural São Paulo, expor amplamente os caminhos e possibilidades do financiamento coletivo para o desenvolvimento cultural da cidade, discutindo projetos construídos de forma colaborativa.