O artista dissidente Ai Weiwei, expõe a obra “Very Yao”, escultura
vertical
composta por 46 bicicletas, formando um obelisco
composta por 46 bicicletas, formando um obelisco
Até o dia 18 de maio, a Oca do Parque Ibirapuera recebe a exposição ChinaArteBrasil, que apresenta mais de 110 obras inéditas, entre pinturas, esculturas, instalações, fotografias, vídeos e site specifics, de 62 artistas chineses contemporâneos. A mostra tem patrocínio do HSBC Bank Brasil e realização da G11 Associação para o Progresso da Arte e do Ministério da Cultura.
A exposição propõe intensificar o diálogo cultural entre Brasil e China. Duas curadoras, historiadoras de arte, foram convidadas para selecionar o acervo da mostra: a brasileira residente em Berlim Tereza de Arruda e a chinesa Ma Lin, que vive e trabalha em Shangai.
A exposição propõe intensificar o diálogo cultural entre Brasil e China. Duas curadoras, historiadoras de arte, foram convidadas para selecionar o acervo da mostra: a brasileira residente em Berlim Tereza de Arruda e a chinesa Ma Lin, que vive e trabalha em Shangai.
Tereza reuniu obras de artistas pertencentes à primeira geração dos grandes expoentes, intitulada “Construindo Histórias”, trazendo uma produção diversificada que marcou o cenário chinês internacional a partir da década de 1990. Entre os artistas, está o dissidente Ai Weiwei, que se encontra em prisão domiciliar em Pequim, e de quem o público verá “Very Yao”, uma escultura vertical composta por 46 bicicletas, formando um obelisco. Também será exibido o filme “Recomeço”, de Miao Xiaochun, que será projetado em 3D no teto da Oca. Com 14 minutos, a animação aborda o choque de civilizações, unindo a história da arte clássica europeia a ícones do progresso e da modernização tecnológica e urbana da China.
Especialista em arte chinesa contemporânea pós-anos 2000, à curadora Ma Lin coube o acervo de trabalhos da chamada novíssima geração, que é apresentada em três partes. Em “A Arte Chinesa Intervém na Sociedade”, o foco são as conversas sobre como os artistas apresentam os problemas sociais e como rompem os limites da arte. Nesta parte, será apresentado o vídeo-performance de He Chengyao, “99 Agulhas”. Defensora da “política do corpo”, ela espetou 99 agulhas de acupuntura por seu corpo e rosto até desmaiar.
Já no segmento “História, Memória e Futuro”, Ma Lin mostra artistas que, por meio de diferentes temas e suportes, exploram inúmeros problemas que as pessoas, alguma vez, já imaginaram ou negligenciaram. Integram a seção os artistas Li Shan, Song Gang, Zhang Jian-Jun e Zhang Xiaotao. Por fim, “Imagem e Forma” discute o desenvolvimento da pintura no pós-modernismo, que destaca o relacionamento entre imagem e forma. Aqui, estão obras de Huang Jun, Li Zhouwei, Liu Yongtao, Mou Huan, Wong Shun-Kit, Wu Song, Wang Xiaosong, Yang Kai e Yang Qian.
Alguns dos trabalhos de ChinaArteBrasil foram criados especialmente para a exposição no prédio da Oca. É o caso de “Competição”, de Wang Qingsong, um gigantesco site specific com 600 cartazes publicitários originais pintados a mão em tiragem única, e de “Deus da Água”, do pintor Xiong Yu, uma série de intervenções espaciais com seres de um universo surreal que são adesivados nas paredes do ambiente.
Saiba mais: www.chinartebrasil.com.br
Serviço: Oca – Parque Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral – Portão 3. | Tel. 3105-6118 | Até 18/05 | 3ª a dom., das 10h às 17h. 5ª, das 11h às 21h. | R$ 20 e R$ 10 (meia). 3ª, grátis.
aiweiwei
aiweiwei