Grupo apresenta repertório do álbum “Nega Lilu”
Por Gabriel Fabri
A certeza de que Mustache e os Apaches não é uma banda comum vem ao se observar um instrumento um tanto inusitado no palco: o Washboard, uma antiga tábua de lavar roupa. Lumineiro, um dos cinco integrantes da banda, deve tocar com esse objeto nas duas apresentações do grupo, no Teatro Décio de Almeida Prado, que acontecem nos dias 19 e 20 de abril.
A banda teve origem na extinta casa de shows Brick House, na Vila Madalena, local frequentado pelos futuros integrantes, que, na época, apresentavam-se separadamente. O que começou na base da brincadeira e improviso, com apresentações nas ruas de São Paulo, logo tomou maiores dimensões: o grupo conseguiu realizar uma turnê na Europa, que incluiu cerca de 20 shows. Dessa conquista nasceu o primeiro álbum, de mesmo nome da banda, lançado em dezembro do ano passado.
O grupo se inspira nas Jug Bands norte-americanas, que tocavam em festas na cidade de Nova Orleans e pareciam verdadeiros circos. “São uma versão negra das bandas de teatro vaudeville [espetáculos populares com números musicais], mais quente e improvisado. Sempre fui fã”, afirma Lumineiro. Quando conheceu os outros integrantes, eles já tinham vivência no circo e nas ruas, o que facilitou que o Mustache construísse uma identidade em torno das jug bands.
Entre as canções, Lumineiro destaca “Twing”, música de trabalho do álbum, e “Nega Lilu”, cujo clipe já está pronto para ser lançado. O repertório inclui, também, canções de outros artistas, como “Filosofia”, de Noel Rosa, e “Ah! Si j'avais un franc cinquante”, de Boris Vian.
Serviço: Teatro Décio de Almeida Prado. R. Cojuba, 45, Itaim Bibi. Zona Oeste. Dia 19, 21h. Dia 20, 19h. Grátis (retirar ingresso, um por pessoa, uma hora antes)
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