Prefeitura de São Paulo, Governo do Estado e Ministério da Cultura entregam à Câmara Municipal de SP o projeto de lei para a criação da SPCine

Em cerimônia realizada hoje na Praça das Artes estiveram presentes a ministra da Cultura, Marta Suplicy; o presidente da Ancine, Manoel Rangel; o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araújo; o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Américo, além de representantes de diversos setores do cinema e do audiovisual

São Paulo, 31 de outubro de 2013 – Nesta quinta-feira, São Paulo dará um grande passo para consolidar-se como uma das principais capitais do cinema no Brasil. A partir de uma demanda identificada no próprio setor de cinema e audiovisual, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura, por meio da Ancine, apresenta, agora, o Projeto de Lei que cria a SPCine – Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo.

O expressivo apoio de todas as esferas de governo na formulação desta nova empresa resulta em um modelo de fomento ao audiovisual contemporâneo. O Projeto de Lei que cria a SPCine segue agora para a Câmara dos Vereadores. Quando aprovado, dará lugar a uma estrutura pública eficiente e arrojada, com gestão compartilhada entre os governos municipal, estadual e federal e participação ativa do setor audiovisual em sua estratégia de atuação. São Paulo terá uma das mais contemporâneas empresas de cinema e audiovisual do mundo.

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“A SPCine será um modelo de fomento ao cinema e audiovisual inovador, um espaço articulador de coproduções com outras cidades e países do mundo por meio de um sistema colaborativo. A empresa atuará como porta de entrada de produções estrangeiras e conteúdos audiovisuais que enfrentam dificuldades de chegar às telas brasileiras e, ao mesmo tempo, auxiliará produções nacionais a conquistar espaço no mercado estrangeiro. Chegou a hora de São Paulo reconhecer seu potencial e se firmar como um centro cultural global”, enfatiza o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira.

"O Governo do Estado de São Paulo já investe tradicionalmente no apoio ao audiovisual paulista - só este ano, foram R$ 14 milhões em recursos orçamentários, fora o que foi investido por meio de renúncia fiscal, via ProAC ICMS. A atuação conjunta das três esferas do poder público na SPCine traz uma perspectiva muito estimulante de fortalecimento do setor e de uma projeção ainda maior do cinema de São Paulo para o Brasil e para o mundo, a partir de uma diversidade de olhares que é própria do Estado", afirma o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araujo.

Para a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, o Audiovisual brasileiro vive um momento especial nos cinemas e na televisão. “Isto é fruto da aposta do governo federal no desenvolvimento do setor e do talento dos nossos diretores, produtores, técnicos, artistas e demais agentes envolvidos. Nós apoiamos os filmes e a produção independente de tv em todo o país. Queremos mais séries e filmes brasileiros e mais brasileiros tendo acesso a eles. Para tanto o governo federal investe no setor e lançou o Vale Cultura. O Ministério da Cultura e a Ancine apostam forte na SPCine porque ao atuar neste ambiente positivo ela vai multiplicar e potencializar a produção audiovisual brasileira feita na cidade. É bom para São Paulo e muito bom para o Brasil”.

"A lei da TV paga mudou a cara da televisão por assinatura no Brasil dando vez e voz aos filmes e séries nacionais no horário nobre dos canais. Neste fim de outubro, o Brasil atingiu a marca de 22 milhões de ingressos vendidos de filmes brasileiros. É um ambiente novo e inovador para o nosso audiovisual. A Ancine e o Ministério da Cultura atuam para multiplicar estas oportunidades em todo o país buscando parceria com os governos de estado e prefeituras. Acreditamos na SPCine porque a vemos com um importante papel para a política nacional de cinema e audiovisual, assim como pretendemos investir na Riofilme e nos demais pólos regionais de audiovisual”, ressalta Manoel Rangel, presidente da Ancine.

Desde a criação do Escritório de Cinema (São Paulo Film Comission) - Ecine, a cidade teve um aumento considerável de produções cinematográficas e publicitárias realizadas em seu território: foram 23 em 2007 e 158 em 2012. O Ecine tem a função de intermediar e facilitar a relação entre o poder público e produtores de cinema, mas só isso não é suficiente. São Paulo mostrou que precisa de uma empresa capaz de financiar ações e implantar políticas públicas voltadas para o cinema e audiovisual, papel essencial nesta estratégia de atualizar e potencializar a imagem de São Paulo.

A SPCine atuará fortemente na coprodução e codistribuição, fortalecendo o circuito dos criadores e empresas produtoras de audiovisual na cidade. Será também uma importante articuladora da produção regional com diversos outros polos nacionais e internacionais, ampliando a rede de distribuição e exibição dos conteúdos e potencializando o seu consumo.

O Estado de São Paulo reúne o maior mercado exibidor do Brasil, com cerca de 280 salas na capital e 770 no interior, segundo dados mais recentes, divulgados em 2010. Trata-se de um mercado decisivo para impulsionar o desenvolvimento econômico do cinema e do audiovisual paulistano, impactando também em todo o Brasil. A SPCine será uma empresa facilitadora para o mercado audiovisual, a exemplo do que ocorre em cidades como Rio de Janeiro, Nova York, Buenos Aires e Seul.