Theatro Municipal rebate crítica

Fonte: O Estado de S. Paulo

Carta 19.010
 
Na temporada do ano no Municipal havia três óperas cômicas, número exagerado onde não havia uma ópera de caráter sério (lírico ou dramático). Nos teatros de peso do mundo, são uma ou duas comédias para seis ‘sérias’. Basta conferir a programação do Metropolitan, em Nova Iork, da Ópera de Viena ou de teatros mais próximos de nós, como os municipais do Chile, do Rio, ou o Teatro Amazonas. Temos ainda de suportar os mesmos cantores, que atuam tanto em récitas lírico-dramáticas como em concertos e comédias.

MARCO ANTÔNIO SETA
Campos Elíseos

Theatro Municipal responde:


“Criamos a programação de 2007 no ano passado, seguindo os critérios da direção artística, discutidos com os artistas da casa. As três óperas programadas para o primeiro semestre deste ano formam o ciclo denominado A Comédia na Ópera, que se encerrou no dia 1/7 com a última apresentação de A Italiana em Argel, de Gioachino Rossini, nunca apresentada antes no Municipal. O objetivo desse ciclo foi mostrar ao público três obras-primas do gênero. A boa recepção dos espetáculos, pelo público e pela crítica especializada, e a grande procura por ingressos, são indicativos claros de que atingimos o objetivo.Ressaltamos que é inverídica a afirmação de que os artistas que atuam no teatro são sempre os mesmos. Em uma simples análise das fichas técnicas dos três espetáculos, vemos que há artistas que se apresentaram pela primeira vez no Municipal, como os cantores Flávio Leite, Luisa Francesconi, André Vidal e Denise Tavares.”