Conpresp: mudança de perfil

Fonte: O Estado de S. Paulo

Vereador critica tombamento de área na Mooca

Sérgio Duran

O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) terá nova formação, de perfil menos preservacionista do que a anterior. O vereador Toninho Paiva (PL), que substitui Juscelino Gadelha (PSDB) como representante da Câmara Municipal, é cotado para a presidência. “Não sei de nada. Mas tenho idéias muito diferentes das que estão aí. Minha administração não é feita atrás de escrivaninha e me parece que tudo lá foi feito sem ir ao local”, disse Paiva.

O Estado apurou que uma das primeiras medidas será rever o tombamento de galpões da Mooca, na zona leste.

Nos últimos meses, o Conselho aprovou o tombamento de entorno do Museu do Ipiranga, do Parque da Aclimação e da área industrial da Mooca, regiões de expansão imobiliária. Com nove membros, o Conpresp era presidido por Eduardo Lefèvre, arquiteto e professor da USP, que deve seguir apenas como representante da Secretaria Municipal da Cultura.

O presidente é eleito pelo conselho por maioria simples. Das nove cadeiras, cinco são do Executivo, sem contar a da Câmara. A administração é representada por técnicos da Secretaria dos Negócios Jurídicos, da Habitação, da Cultura e do Planejamento, além do diretor do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Marcelo Manhães de Almeida representará a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Vasco de Mello representará o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) ainda não definiu representante.

Segundo três vereadores ouvidos pelo Estado, o projeto de lei aprovado anteontem, na Câmara, que determina aumento do número de representantes do Legislativo no Conpresp - de um para seis - deve ser engavetado.