Em cartaz no CCSP, Mostra Áustria exibe produções do país

Fonte: Folha De São Paulo

Longas de Michael Haneke estão entre os nove filmes que integram o ciclo

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

A Áustria é "um pequeno país com uma diminuta produção de longas", onde se torna "quase impossível obter financiamento para um projeto sem parceiros internacionais de co-produção".
Assim, "mais cedo ou mais tarde, cineastas austríacos começam a trabalhar no exterior, e talvez você tenha visto algo feito por eles achando que era um filme francês ou alemão".
O diagnóstico é do austríaco Stephan Ruzowitzky, em entrevista à Folha por e-mail, em agosto, durante o 12º Festival de Cinema Judaico -encerrado por seu "Os Falsários" (2007), co-produção com a Alemanha que recebeu o Oscar de filme estrangeiro.
Programado para estrear nos cinemas em outubro, "Os Falsários" será exibido novamente na quinta-feira, às 20h, no Centro Cultural São Paulo, na Mostra Áustria 2008, que tem início hoje e prossegue até sábado, com outros cinco longas de ficção e três documentários.
Além de "Os Falsários", que reconstitui a trajetória verídica de um falsificador de dinheiro e documentos durante a Segunda Guerra, a seleção destaca o cineasta austríaco de maior prestígio internacional, Michael Haneke, com "Violência Gratuita" (1997), cuja refilmagem nos EUA pelo próprio diretor está em cartaz, e "Caché" (2005), rodado na França.
O itinerante Raoul Ruiz, cineasta de origem chilena que trabalha na Europa desde os anos 70, assina "Klimt" (2006).
Em "Danúbio" (2003), de Goran Rebic, um barco faz sua última viagem pelo rio do título. Uma brincadeira de amigos tem conseqüências graves em "Decadência" (2006), de Michael Glawogger -que dirige também um dos documentários da mostra, "Morte do Trabalhador" (2005), sobre a degradação das condições de trabalho no mundo atual.