Conselho queria manter traçado

Fonte: Folha De São Paulo

O tombamento da Mooca incluiu, além do Gamba, os armazéns da antiga São Paulo Railway (1898 a 1900), os galpões da antiga cooperativa do Banco do Brasil, os das Casas Vanordem, e o conjunto de imóveis que pertenceu ao conde Francisco Matarazzo na Rua Borges de Figueiredo. A decisão do Conpresp incluía outro ponto importante para as construtoras: o remembramento de lotes ficou vetado.

Condomínios costumam unir vários terrenos, ou, então, subdividir os maiores. A justificativa técnica era a de que não apenas os imóveis eram importantes mas também o traçado do bairro, que teria influenciado a ocupação de toda a cidade a partir do início do século passado e a definido como uma cidade industrial.

A sessão que aprovou o tombamento sofreu interferência de advogados das construtoras e até do presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Carlos Rodrigues (PR), que discordava da decisão e chegou a ordenar ao representante do Legislativo à época que abandonasse a reunião para que não houvesse quórum para a votação do tombamento. Depois disso, foi aprovado na Câmara um projeto de lei que limitava o poder do Conpresp em decidir por tombamentos. O projeto foi vetado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM)