ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar do sol forte que batia ao meio-dia de ontem nas cadeiras à frente do palco de dança, no Anhangabaú, um público atento prestigiou a apresentação do Ballet Ismael Guiser, transformada em homenagem ao coreógrafo -que morreu na manhã de sábado, aos 81, em seu apartamento em São Paulo.
Visivelmente emocionados, os nove bailarinos dançaram a coreografia "Pétala", com músicas de Caetano Veloso, criada por Guiser para a Virada. O enterro deve acontecer hoje, às 11h, no cemitério do Araçá.
A programação do palco começou ontem às 18h36 -atraso que gerou protestos-, com Luís Arrieta numa releitura de "A Morte do Cisne", de Fokine. O solo acabou sendo uma homenagem a Guiser e a Umberto da Silva -coreógrafo que morreu em março, após programar as atrações de dança da Virada.
A maior parte das pessoas que às 15h de sábado já ocupava a platéia, no entanto, estava lá para ver a atração seguinte, o Balé do Theatro Municipal do Rio, com sua estrela Ana Botafogo, na coreografia "Giselle".
Os intervalos, longos, faziam com que o público se dispersasse. O Balé da Cidade de São Paulo se apresentou pouco antes das 21h, embora estivesse previsto para as 19h50.
No domingo, às 13h, o Ballet Stagium voltou a encher a platéia com seu "Mané Gostoso". O Cisne Negro entusiasmou o público com "Vem Dançar", uma história lúdica da dança, e encerrou os trabalhos do palco às 18h em ponto, com o samba "É Hoje", da União da Ilha.