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Em número de filmes, Nollywood, a indústria
cinematográfica nigeriana, supera Hollywood, nos Estados Unidos, e até
mesmo Bollywood, na Índia. Por ano, são lançadas mais de 2.500
produções, movimentando cerca de 250 milhões de dólares. Além de
resguardar as tradições locais, essa cinematografia faz críticas
sociopolíticas à realidade do país.
Um dos cineastas mais
importantes da Nigéria, Tunde Kelani, virá ao Brasil para apresentar
parte de seus filmes e participar de um encontro durante a mostra
“Bem-vindo a Nollywood”, em cartaz no Cine Olido entre os dias 18 e 27.
Marcado para dia 19, às 19h, o debate “Nollywood em Questão” contará com
as presenças de Jamiu Soyode, diretor de produção de filmes do
homenageado, dos curadores Bic Leu e Alex Andrade, além do diretor. A
conversa terá tradução simultânea.
Kelani explica que o cinema
nigeriano é resultado de uma fusão de diferentes culturas. O estilo do
próprio cineasta é a união da técnica que aprendeu na London
International Film School com as influências artísticas de sua tribo
local, Iorubá.
Se por um lado as produções nigerianas contam
com baixos orçamentos, por outro, os realizadores precisam ter uma dose
extra de criatividade. Os temas polêmicos, entretanto, são evitados
porque é a indústria privada que financia essa cinematografia, afirma
Kelani. “Os filmes em inglês tendem a imitar os gostos e valores
europeus e americanos, mas as produções nas línguas nativas promovem as
diversas culturas locais e fazem comentários sociais sobre importantes
questões políticas”, conta.
O grande mercado e o público que
prefere o intimismo do cinema nigeriano aos filmes americanos têm
facilitado o desenvolvimento dessa indústria na região. “Duas décadas
atrás, a Nigéria não era considerada um expoente de produção de filmes,
mas agora o país está determinado a ocupar um papel importante no cinema
africano e mundial”, conclui o cineasta.
Serviço: Galeria Olido. Av. São João, 473, Centro | tel. 3331-8399 e 3397-0171. | +12 ANOS | De 18 a 27. R$ 1.
Veja a Programação Completa:
THUNDERBOLT: MAGNUN
(Nigéria, 2001, 105 min). Com Buki Ajayi, Larinde Akinleye, Lanre Balogun e outros.
Dama
Igbo se apaixona por jovem de origem Iorubá enquanto ambos fazem
estágio no National Youth Service. Eles se casam, mas os ciúmes do rapaz
poderão conduzir a relação a um desfecho trágico.
| Dia 18, 15h. Dia 23, 19h30. Dia 25, 17h
THE NARROW PATH
(Nigéria, 2007, 93 min). Com Segun Adefila, Sola Asedeko, Ayo Badmus e outros.
Garota tem a noite de núpcias transformada em pesadelo devido ao seu passado.
| Dia 18, 17h. Dia 22, 15h. Dia 26, 19h30
MAAMI
(Nigéria, 2011, 92 min). Com Funke Akindele, Wole Ojo, Tamilore Kuboye e outros.
No
período que antecede a Copa do Mundo de 2010, jogador de futebol
bem-sucedido recorda sua infância difícil. Adaptação do romance homônimo
de Femi Osofisan.
| Dia 18, 19h30 (sessão especial com a presença do diretor Tunde Kelani e Jamiu Soyode, diretor de produção).
|Dia 23, 15h. Dia 26, 17h
SAWOROIDE
(Nigéria, 1999, 105 min). Com Ayantunji Amoo, Kunle Bamtefa, Kayode Olaiya e outros.
Ao
assumir o trono, rei eleito decide enriquecer e eliminar os oponentes.
Desesperada, a população marcha até o palácio para tomar a coroa real.
| Dias 19 e 26, 15h. Dia 23, 17h
AGOGO EEWO
(Nigéria, 2002, 105 min). Com Deola Faleye, Dejumo Lewis, Lere Paimo e outros.
A
morte de um militar que usurpou o trono Jogbo desencadeia uma busca
pelo verdadeiro rei. Considerado ideal para ocupar o cargo, rapaz
enfrenta interesses escusos de alguns poderosos.
| Dia 19, 17h. Dia 25, 15h
DEBATE: “NOLLYWOOD EM QUESTÃO”
Com
o cineasta Tunde Kelani; o diretor de produção de filmes de Kelani,
Jamiu Soyode; e os curadores Bic Leu e Alex Andrade. Haverá tradução
simultânea para o português.
| Dia 19, 19h
THE CAMPUS QUEEN
(Nigéria, 2004, 100 min). Com Segun Adefila, Lanre Fasasi, Tope Idowu e outros.
Em
um campus universitário, a batalha entre dois grupos expõe interesses
dentro e fora da universidade, ao mesmo tempo em que a namorada de um
dos líderes se envolve em uma perigosa aventura.
| Dia 20, 17h. Dia 24, 19h30
ARUGBA
(Nigéria/Benin, 2010, 95 min). Com Segun Adefila, Bukola Awoyemi, Peter Badejo e outros.
Rei
de uma cidade imaginária luta contra a corrupção e consegue reformas
econômicas acolhendo habilmente investidores estrangeiros. Ao mesmo
tempo, ocorre uma trama amorosa.
| Dia 22, 17h. Dia 25, 19h30
EFUNSETA ANIWURA
(Nigéria/Benin, 1981, 72 min). Com Iyabo Ogunsola, Samson Eluwole, Saheed Balogun e outros.
Inconformada pela morte da filha durante o parto, a chefe política de uma cidade se volta contra a sociedade que jurou defender.
| Dia 22, 19h30. Dia 24, 17h
ABENI
(Nigéria/Benin, 2002, 105 min). Com Kareem Adepoju, Moufoutaou Akadiri, Aboh M. Akinocho e outros.
Jovem
de origem pobre se apaixona pela filha de um magnata nigeriano, mas um
fato faz com que ambos se separem, reencontrando-se anos depois em outra
cidade.
| Dia 24, 15h. Dia 27, 17h
Cine Olido homenageia o cineasta nigeriano Tunde Kelani
Mostra de cinema acontece entre os dias 18 e 27
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