Matéria publicada no O Estado de São Paulo – Cidades/Metrópole –

Eduardo Reina

O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) aprovou ontem por unanimidade a abertura do processo de tombamento do prédio principal do Colégio Batista Brasileiro. A construção de linhas clássicas, inaugurada em 1923 na Rua Doutor Homem de Melo, em Perdizes, zona oeste, poderia ser demolida até o final do ano, já que foi comprada pela Construtora Exto. A empresa que erguer prédios no local.

 “Agora será necessário esperar a conclusão do processo para dar qualquer destino ao imóvel”, afirmou o vereador Juscelino Gadelha (PSDB) representante da Câmara no Conpresp. Um processo de tombamento dura, em média,  três anos. O diretor da Exto, Roberto Matos, disse que o contrato de venda do imóvel prevê que se houver obstáculo para o empreendimento, o colégio arcaria com as despesas. “O ressarcimento será feito pelo colégio. Há cláusula no contrato”, afirmou.

A direção do colégio não quis se manifestar. O imóvel de 6.200 metros quadrados foi vendido pelo colégio por R$ 14,5 milhões. O colégio ficará com 15.800 metros quadrados de terreno, onde ficarão a Igreja Batista de Perdizes, a Faculdade Teológica Batista e a própria instituição.