11 anos da morte do diplomata Sergio Vieira de Mello

19 de agosto de 2014 completam-se 11 anos da morte do diplomata Sergio Vieira de Mello. Em sua homenagem, a Biblioteca Mário de Andrade relembra seu nome e sua importância na história política internacional.

Sergio Vieira de Mello nasceu em 15 de março de 1948 no Rio de Janeiro (Brasil). Filho de diplomata e historiador, viveu no exterior desde criança. Estudou filosofia na Universidade de Friburgo e mais tarde continuou seus estudos em Paris (França), onde se formou em 1969. Em novembro do mesmo ano, Sergio é aceito no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), com sede em Genebra (Suíça), e é nessa autarquia que fará sua carreira diplomática.

Em setembro de 2002, depois de ter passado três anos como administrador da Autoridade Provisória das Nações Unidas no Timor-Leste (UNTAET), desejando voltar para a Suíça e para perto de sua família, Sergio é nomeado Alto Comissário de Direitos Humanos com sede em Genebra. Permanecerá neste posto até o final de maio de 2003, quando o Sr. Kofi Annan lhe pede que seja seu Representante Especial em Bagdá por um período de 4 meses.

Ele chega ao Iraque em 2 de junho de 2003, e, no dia 22 de julho, refere ao Conselho de Segurança sobre a situação no Iraque e as condições extremamente difíceis nas quais as Nações Unidas têm que trabalhar. As forças da coalizão tinham entrado no Iraque no dia 19 de março de 2003. Cinco meses depois, no dia 19 de agosto de 2003, Sergio Vieira de Mello e 21 de seus colegas são mortos em Bagdá, no atentado mais sangrento sofrido pela Organização das Nações Unidas.

O mundo ficou atônito. O profundo sentimento de perda que se seguiu ao desaparecimento de Sergio gerou uma onda de dor e desespero sem precedentes. É difícil expressar o sentimento mais apropriado para descrever o vazio experimentado no mundo inteiro devido à sua perda prematura. Mas um testemunho sobressai por sua simplicidade e porque vinha do coração: Kamel Morjane, ex-Alto Comissário Adjunto do ACNUR e amigo, relata: “No ACNUR, onde ele passou 25 anos de sua vida, era o filho brilhante que seus antecessores gostariam de ter tido. Para seus coetâneos, como eu, era o colega ou o amigo, muitas vezes os dois ao mesmo tempo, que tentávamos imitar e ter como exemplo, mas que ninguém conseguiu igualar”.

A Biblioteca Mário de Andrade relembra o nome deste grande homem no dia do 11º ano de sua morte.