Marco Antonio Villa

“Eu posso dizer que grande parte do que eu escrevi (...) eu devo às pesquisas que fiz na Mário.”

Marco Antonio Villa nasceu em São José do Rio Preto no interior de São Paulo, passou a adolescência no ABC e aos 17 anos mudou-se para a capital paulista, onde, assim que chegou, providenciou a carteirinha da Biblioteca Circulante.

Devorador de livros desde pequeno, Marco Villa frequentou a Biblioteca Mário de Andrade durante sua formação em História e seu mestrado em Sociologia, mas foi durante o seu doutorado em História Social que as cabines de pesquisa da Biblioteca lhe trouxeram a maior contribuição, pois nelas, além de desenvolver sua tese, adquiriu conhecimento para mais alguns livros, posteriormente publicados.

Desde a sua primeira graduação, atua como professor na Universidade Federal de Ouro Preto, onde também figura como vice-diretor, administrador, diretor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais e membro do Conselho do Centro e do Colegiado do curso de História. Atualmente é professor associado da Universidade Federal de São Carlos.

Em 2004 escreveu textos polêmicos para a Folha de São Paulo. Neles destacava o mau estado de conservação da Biblioteca Mário de Andrade. Foi rebatido pelo então diretor José Castilho Marques Neto e por outros grandes nomes, mas o que guarda de lembrança da experiência é: “Tudo isso acabou tendo esta repercussão que foi muito positiva, e eu acho que foi até quando foi assinado o ato da reforma da Biblioteca, foi até lembrado e eu acho que foi muito legal, porque foi uma mostra de que um esforço “pequeninho”, claro que é muito pequeno, acabou valendo, apesar do pessoal fazer toda aquela queimação, como se fosse uma questão político-partidária uma questão da conservação da maior biblioteca de São Paulo.”


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Sinopse

• Primeiros anos em São Paulo • Hábito de leitura na adolescência: revistas e jornais • Graduação em Economia na PUC/SP • Centro acadêmico, movimento estudantil, circulação clandestina de textos de esquerda • Invasão da PUC durante a ditadura militar • Graduação em História na USP • Trajetória como professor • Pesquisa sobre Canudos na BMA • Primeiro trabalho em São Paulo • Primeiros contatos com a Seção Circulante na BMA • Anos 1990: problemas na gestão da cultura da cidade de São Paulo • Falta de investimento e problemas estruturais da Biblioteca • Criação da BMA e do Departamento de Cultura de São Paulo • Carta publicada sobre descontentamento da situação da Biblioteca • Mudanças e afastamento do centro da cidade • Perfil dos intelectuais brasileiros • Sugestões para a BMA.


Mapa afetivo de São Paulo

Cine Bijou
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Expectativas e direções para a BMA

- Criar um atendimento específico para pesquisadores;
- Promover encontros para divulgar as pesquisas em andamento na Biblioteca;
- Dar mais agilidade administrativa, por exemplo, tornando a Biblioteca uma fundação;
- Ampliar o horário de funcionamento da Seção de Raros;
- Adquirir as primeiras edições de importantes obras nacionais;
- Promover a doação de livros de antigos frequentadores;
- Transformar o entorno da Praça Dom José em um espaço cultural; com sebos, bares, feiras de livros;
- Criar um depósito legal para a BMA;
- Ampliação do espaço físico e do quadro de funcionários;
- Atualização do acervo.


Ficha Técnica

data 13/02/2008 duração 125 minutos mídia 1 DVD transcrição 44 páginas / formato PDF local auditório da Galeria Olido interlocução Ana Elisa Antunes Viviani pesquisa Ana Elisa Antunes Viviani direção audiovisual Sérgio Teichner edição de texto Suely Farah  revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira