Café Hacker Oficina busca ferramentas tecnológicas para ampliar segurança das mulheres no espaço público

Projetos em debate tem base em informações sobre a infraestrutura e violência do município.

Na manhã do sábado de 12 de dezembro, cerca de trinta pessoas começavam seu dia em uma sala na região da Luz, no centro de São Paulo, separando-se em grupos para analisar informações referentes à segurança da população feminina e pensar em como usá-las a fim de tornar a cidade mais segura para as mulheres.

Estava começando o Café Hacker Oficina, uma atividade promovida pela Controladoria Geral do Município de São Paulo, pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, pelo Departamento de Iluminação Pública (SES / ILUME) e pelo LabHacker, um laboratório de projetos que relacionam participação política e tecnologia.

Apesar do nome, não se tratava de uma reunião apenas para desenvolvedores e especialistas em tecnologia. Estiveram presentes ativistas de temas feministas, membros de movimentos sociais, jornalistas, designers, advogadas e outros interessados. Tinham em comum o desafio de desenvolver um mapa que sinalizasse a iluminação pública, identificasse os locais onde ocorrem os crimes praticados contra as mulheres e ajudasse a localizar os serviços públicos de atendimento às mulheres em situação de violência.

Para esse evento, as secretarias envolvidas levantaram algumas bases de dados para orientar os trabalhos, como os registros de ocorrência de violência contra a mulher na cidade; o mapa dos pontos de iluminação públicos; a base de endereços de equipamentos da Rede de Proteção à Mulher e dados de atendimento do Projeto Guardiã Maria da Penha.

O encontro estendeu sua duração original, planejada para duas horas, chegando às 16h, quando os grupos definiram tarefas para dar continuidade ao projeto. Um novo encontro está previsto para o início de 2016, quando o mapa será apresentado.