PAC destina R$ 1,6 bilhão para obras de drenagem na Capital

Dentro dos R$ 8 bilhões de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados à cidade de São Paulo, R$ 1,6 bilhão servirão para nove conjuntos de obras de drenagem, além da construção de 3.380 novas moradias

Do total de R$ 8 bilhões em investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que serão destinados pelo Governo Federal à cidade de São Paulo, cerca de R$ 1,6 bilhão servirão para custear nove conjuntos de obras na área de drenagem.

Por meio do Programa Nacional de Prevenção de Risco e Resposta a Desastres Naturais, cerca de R$ 1,35 bilhão serão usados para obras de drenagem e eliminação de interferências de redes de água e esgoto. Outros R$ 253,6 milhões do Programa Minha Casa Minha Vida serão usados para a construção de 3.380 novas moradias.

Entre as obras previstas em drenagem estão intervenções em 79 pontos de alagamentos mais frequentes da cidade, em diferentes regiões, mapeados pela Prefeitura. Os locais receberão restauração de margens, sistemas de galerias de águas pluviais e pavimentação, somando um investimento de R$ 133 milhões.

Além disso, dentro dos nove conjuntos de obras, estão previstas as construções de 18 reservatórios, entre eles, cinco com capacidade de 600 mil m³ e oito para amortecimento de cheias. Estão previstas ainda, canalizações dos córregos Paciência e Tremembé, na Zona Norte, Freitas, Capão Redondo, Uberaba, Paraguay, Éguas e Riacho do Ipiranga, na Zona Sul. A implantação de oito parques lineares também está dentro do pacote.

 

Durante o anúncio na manhã desta quarta-feira (31), em evento na sede da Prefeitura, o prefeito Fernando Haddad ressaltou a importância das parcerias entre Município, Estado e Governo Federal, superando qualquer posição partidária em favor da população. “Se quisermos manter o nosso passo e nossa trilha em proveito do desenvolvimento humano, econômico e social, São Paulo tem que dar a sua cota de contribuição e tem que receber a sua cota de participação dos investimentos estaduais e federais”, afirmou.

”Nós devemos isso aos cidadãos de São Paulo. Esse cidadão não cansa de trabalhar. Nós não podemos cansar de trabalhar por esse cidadão”, concluiu o prefeito.

Para a presidenta Dilma Rousseff, a redução dos pontos de alagamentos e enchentes influenciam diretamente na mobilidade urbana, já que os fluxos de ônibus e veículos não seriam atrapalhados por conta das cheias. “É importante lembrar que as obras de drenagem também tem impacto na mobilidade urbana. Se nós não temos obras efetivas de drenagem, nós sabemos que a cidade não vai estar preparada para enfrentar problemas climáticos que prejudicam o tráfego”, disse a presidenta Dilma Rousseff.

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que junto com as obras de corredores, as intervenções de drenagem colaboram para o aumento da velocidade do transporte coletivo urbano. “A operacionalização do sistema de transporte impacta diretamente na redução das tarifas em até 30%”, afirmou o ministro.

 

“Essas obras não só colaboram com a mobilidade urbana, mas darão um outro padrão de desenvolvimento para a cidade de São Paulo”, afirmou o secretário da Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, Chico Macena.

Investimentos em drenagem
R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão para obras de drenagem e eliminação de interferências de redes de água e esgoto e R$ 253,6 milhões para a construção de 3.380 novas moradias.

1.
Programa de Redução de Alagamentos 1 (PRA 1) – R$ 133 milhões - OGU
- 79 intervenções isoladas, contemplando restauração de margens, sistemas de galerias de águas pluviais, dispositivos para captação de águas pluviais e pavimentação. Abrange diversas regiões da cidade.

2.
Canalização dos córregos Freitas e Capão Redondo, associada à implantação de reservatório de amortecimento de cheias na Bacia do Morro do ‘S’ – R$ 461,8 milhões – Orçamento Geral da União (OGU)
- Construção de dois reservatórios, Caldeira e Freitas – Vol= 256.000 m³; execução de 3 mil metros de canalização do Córrego Capão Redondo; execução de 4 mil metros de canalização do Córrego Freitas. Bacia do Rio Pinheiros. Zona Sul – R$ 231,2 milhões
- Produção habitacional de 3.080 unidades mediante o Programa Minha Casa Minha Vida, no valor de R$ 230,6 milhões.

3.
Canalização de córregos associada à implantação de reservatório de amortecimento de cheias, parque linear ribeirinho e sistema viário no Córrego Paciência e afluente – R$ 292,7 milhões
- Canalização de córregos associada à construção de 1 reservatório de amortecimento de cheias (V=130 mil m³), implantação de parque linear e execução de um sistema viário. Bacia do Cabuçu de Cima. Zona Norte – R$ 277,7 milhões.
- Produção habitacional de 200 unidades mediante o Programa Minha Casa Minha Vida no valor de R$ 15 milhões.

4.
Implantação de parques isolados associados a reservatórios de amortecimento de cheias no Ribeirão Perus – R$ 198 milhões, sendo R$ 190 milhões de Financiamento e R$ 8 milhões de Minha Casa Minha Vida
- Construção de 5 reservatórios com Volumes de 600.000 m³, 5 barragens, 2 estruturas em túnel linner e implantação de parque linear com aproximadamente 1.000.000m². Bacia do Rio Juqueri. Zona Norte – R$ 190 milhões
- Produção Habitacional de 100 unidades mediante o Programa Minha Casa Minha Vida, no valor de R$ 8 milhões.

5.
Canalização de córrego associada à implantação de reservatório de abastecimento de cheias e parque linear ribeirinho no Córrego Tremembé. R$ 150 milhões – Financiamento
- Canalização de córregos associada à construção de 7 reservatórios de amortecimento de cheias (R-1, R-2, R-3A, R-3B, R-4, R-5 e R-6) com volume total de 217.000 m³ e implantação de 6 parques lineares. Bacia do Tremembé. Zona Norte.

6.
Canalização de córrego associada à implantação de reservatórios de amortecimento de cheias e sistemas de galerias de águas pluviais no Córrego Ipiranga – R$ 200 milhões – OGU
Construção de 1 reservatório, ampliação e adequação hidráulica da Lagoa Aliperti, canalização do Riacho do Ipiranga desde a Lagoa Aliperti até a Avenida Bosque da Saúde e construção de galeria na Avenida Água Funda. Bacia do Tamanduateí. Centro.

7
. Elaboração de estudos e projetos de manejo de águas pluviais para o Córrego Anhangabaú – R$ 6 milhões – OGU
- Elaboração de estudos e projetos de manejo de águas pluviais para intervenções no Córrego Anhangabaú. Bacia do Tamanduateí. Centro.

8.
Canalização de córrego associada a construção de 2 reservatórios de amortecimento de cheias na sub-bacia do Córrego Uberaba e afluentes – R$ 80 milhões – Financiamento
- Construção de 2 reservatórios com volume de 110 mil m³ e com volume de 50 mil m³ e canalização dos córregos Uberaba, Paraguay e Éguas na Bacia do Rio Pinheiros na Região Sul da cidade.

9.
Adequação e ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário existentes nos Córregos Zavuvus, Ponte Baixa e Aricanduva – R$ 88,4 milhões – OGU
- Bacia do Zavuvus – R$ 42,3 milhões
- Bacia do Aricanduva – R$ 4,8 milhões
- Bacia do Ponte Baixa – R$ 41,3 milhões