Prefeitura anuncia cancelamento da licitação do sistema de ônibus, criação do Conselho Municipal de Transporte e 220 quilômetros de faixas de ônibus até dezembro

Licitação
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, determinou nesta quarta-feira (26) o cancelamento da licitação das concessões do serviço de transporte público na cidade, para permitir maior participação da sociedade. O edital dessa licitação estava em fase de consulta pública desde 13 de junho. O valor total da licitação era de cerca de R$ 46 bilhões, sendo R$ 35,2 bilhões para empresas de ônibus pelo período de 15 anos e R$ 11 bilhões para as cooperativas permissionárias por sete anos.

Participação Social
A Prefeitura também irá criar o Conselho Municipal de Transporte. O novo colegiado terá participação de usuários, empresários, governo, Ministério Público e movimentos sociais e irá discutir o modelo de transporte público na cidade. Também será o fórum para discussão e explicação sobre as planilhas de custos de manutenção do sistema e de composição da tarifa de ônibus.

Faixas de ônibus

O prefeito também determinou a implantação, até dezembro deste ano, de 220 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus. A meta original era de 150 quilômetros até dezembro de 2016. Uma das principais artérias da cidade, a 23 de Maio, também ganhará uma via exclusiva para ônibus, a exemplo das que já foram implantadas na Radial, Marginal Tietê e da que será implantada na Marginal Pinheiros na próxima semana. A Prefeitura também deve assinar os contratos de construção de 66 quilômetros de corredores na próxima semana.

Semáforos

A Prefeitura informa que começam na próxima semana as obras de reforma completa dos semáforos de 4800 cruzamentos. A licitação, no valor de cerca de R$ 246 milhões, inclui a recuperação da parte elétrica, a instalação de no-breaks e controladores de semáforos e o aterramento de cabos.

Alagamentos
Também serão assinados na próxima semana os contratos para as obras de microdrenagem em 79 pontos críticos de alagamento da cidade. As obras, orçadas em cerca de R$ 150 milhões, começam na primeira quinzena de julho e têm prazo de seis meses.