“O obelisco tem quase 200 anos. Duzentos anos que neste momento nos olham e exigem de nós esse compromisso com a nossa cidade, com o nosso centro, com as nossas tradições, com a nossa memória”, disse o prefeito.
O prefeito também destacou a importância da preservação da região central de São Paulo. “Centro maltratado é cidade maltratada, centro não-preservado é cidade sem preservação”, disse.
O obelisco foi projetado por Daniel Pedro Miller, engenheiro militar, e erguido em 1814 no largo do Piques, hoje o largo da Memória, ponto de chegada das caravanas de tropeiros que entravam em São Paulo, vindas do interior paulista e de outros Estados, para trocar e vender mercadorias.
As características originais projetadas por Miller foram preservadas e restauradas. A CBA, do Grupo Votorantim, patrocinou, além da restauração, a conservação do obelisco, que estava abandonado e era alvo constante de pichações. A empresa vai ser responsável pela conservação do obelisco por dois anos.
O projeto de restauração faz parte de uma parceria entre a CBA e o DPH, por intermédio do programa “Adote uma Obra Artística”, da Secretaria Municipal de Cultura, Federação de Amigos de Museus do Brasil (Fambra) e a Ação Local - Ladeira da Memória que busca o apoio da iniciativa privada para a conservação e recuperação física de obras de arte e monumentos de São Paulo.
Segundo o empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente da CBA, a iniciativa é importante para a preservação da memória da cidade. “Temos contribuído em prol da recuperação do centro de São Paulo, e esse monumento tem uma importância especial por tratar-se do mais antigo da cidade, com 191 anos”.
O processo de restauro durou cerca de seis meses e incluiu a limpeza de superfície, consolidação das pedras do monumento e remoção das pichações. A fonte, que fica no largo da Memória, também recebeu serviços de conservação. O obelisco deverá ser limpo e inspecionado por restauradores e arquitetos especializados.